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Patrocinadores da Copa América evitam campanhas no Brasil por dano à imagem
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A maioria dos patrocinadores da Copa América não fará campanhas no Brasil por temor de danos à imagem por conta das críticas sofridas pelo torneio. Mas apenas um desistiu da negociação para apoiar a competição: a Latam. As outras empresas farão anúncios e ativações no exterior relacionados ao torneio.
Entre os patrocinadores da Copa América estão a Mastercard, Ambev, e TCL. Outras empresas como Diageo e Betsson estão com negociações fechadas e próximas de assinar.
A Mastercard já confirmou que não fará ativações de patrocínio no Brasil: "Após análise criteriosa, decidimos por não ativar nosso patrocínio à Copa América no Brasil. A Ambev adotou a mesma linha: "Ambev informa que suas marcas não estarão presentes na Copa América. A companhia segue com seu compromisso e apoio ao futebol brasileiro."
Diageo, empresa produtora de bebidas alcóolicas de luxo, também informou que não faria campanhas publicitárias no Brasil: "A Diageo, líder mundial em bebidas alcoólicas premium, anuncia que irá retirar suas ações de marca no Brasil no âmbito do patrocínio da Copa América, diante da atual situação sanitária brasileira e em respeito ao momento da pandemia do Covid-19. Os termos do patrocínio foram acertados quando o evento estava previsto para ser realizado na Colômbia e Argentina."
Já a TCL informou que usaria o espaço de patrocínio para conscientização de campanhas contra Covid: "Diante da confirmação de realização da Copa América no Brasil pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 10, a TCL reforça seu compromisso e apoio ao esporte e pede que todos os protocolos de segurança em função do atual cenário de saúde pública sejam respeitados, além de salientar a importância em acompanhar o evento em casa, evitando aglomerações. Além disso, a empresa aproveita para informar que destinará sua exposição de marca em campo para apoiar as comunidades dos países integrantes da competição com mensagens de conscientização e prevenção ao Covid."
Mas a decisão é só de não usar as propriedades de patrocínio no Brasil. Isso já foi comunicado à Conmebol. Há um temor especialmente da reação do público em redes sociais por conta da forte oposição de parte da população à Copa América no Brasil.
Além disso, o Ministério Público Federal incluiu patrocinadores entre os investigados em uma ação civil sobre saúde pública que atinge a CBF e a Conmebol.
Mas isso não significa que haverá rompimento ou desistência de contratos. As empresas continuarão a fazer campanhas sobre a Copa América em outros mercados como Argentina e EUA. A Ambev, por exemplo, pode não usar Brahma, mas promover a Quilmes na Argentina. E seguem com acordos para futuras edições.
Há inclusive a possibilidade do uso de bloqueadores de anúncios para determinadas regiões, excluindo o Brasil da campanha da Copa América. Desta forma, as empresas vão pagar pelos patrocínio. Há conversas por compensações em competições futuras por não poderem usar os ativos no Brasil.
A exceção é a Latam que tinha uma negociação para patrocinadora a competição e desistiu. Questionada pelo blog, a empresa informou: "A LATAM Airlines Brasil não é patrocinadora da Copa América."
Há a forte possibilidade de a Gol substituir a empresa como patrocinadora no setor de avião. Neste caso, a companhia também só ativaria o patrocínio no exterior sem campanhas no Brasil. Todos os apoiadores continuariam a ser exibidos em placas e backdrops de entrevistas.
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