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Por que horário da final da Copa América mira EUA e ignora Europa
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A final da Copa América entre Brasil x Argentina será às 21 horas, de sábado, horário noturno incomum para decisões. Como mostrado pelo UOL, o cronograma já tinha sido definido quando o jogo seria na Colômbia e não podia ser mudado no Brasil. E há uma relação direta com o fato de ser um bom horário para os EUA, embora ruim para a Europa.
Explica-se: o território norte-americano é prioridade para a parte comercial da Copa América. O contrato de direitos feitos com a Univision é o mais valioso entre todos os negociados para a Copa América. Isso vale inclusive em comparação com os acordos feitos com a ESPN e SBT no Brasil.
Com um jogo às 21 horas, a final da Copa América pode ser assistida no início da noite em Miami e no meio da tarde na costa oeste dos EUA, Los Angeles. Ou seja, atende os dois principais mercados latinos do maior mercado de direitos esportivos.
Os altos valores pagos pelos EUA explicam-se pela presença de Messi e Neymar na Copa América. São estrelas com apelo mundial. Por isso, a final entre Brasil x Argentina aumenta o valor comercial futuro do torneio ao entregar um produto mais atraente.
Fora os EUA, os outros mercados prioritários são todos nas Américas: Brasil, Argentina, México, Colômbia. Nestes países, o torneio tem transmissão na TV Aberta. É por isso que seria impossível mudar o horário da final depois que o torneio foi deslocado da Colômbia para o Brasil. As televisões já fazem previsões de transmissão com cronograma determinado com antecedência para os patrocinadores.
No total, os países das Américas do Sul, Central e do Norte representam 90% da receita da competição. O restante do mundo contribui com 10% ou menos. A Europa, portanto, é um mercado secundário que entrega pouco valor à Conmebol. São 200 países com transmissões pelo mundo da Copa América.
Este quadro não deve mudar. Cada vez mais haverá um direcionamento da Conmebol para explorar o mercado norte-americano.
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