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Como conjunto da obra levou à demissão de Ceni no Flamengo na madrugada
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Questionados sobre Rogério Ceni, dirigentes rubro-negros atribuem a demissão ao conjunto da obra. Sua saída foi uma decisão que acabou por ser unânime entre os cartolas do clube. A avaliação foi que, desta vez, não valia a pena segurar porque era um momento propício na temporada para mudar o rumo.
O enredo se inicia com uma reunião entre o departamento de futebol, Marcos Braz e Bruno Spindel, e o presidente, Roldoldo Landim, na sexta-feira. A intenção era discutir o funcionamento do futebol em geral.
No meio do encontro, vazou o áudio do analista Roberto Drummond com críticas a Rogério Ceni. Ele foi imediatamente demitido. Mas a crise não parava por aí: o departamento de futebol continuou reunido noite a dentro discutindo o desempenho do treinador.
Em determinado momento, chegaram a conclusão que era melhor a saída de Rogério Ceni. Foi contatado o treinador para uma conversa durante a madrugada na casa dele. O horário não foi visto como anormal porque Braz e Spindel costumam falar com o treinador tarde da noite.
Concluída a conversa com Ceni, a diretoria do Flamengo entendeu que era hora de comunicar imediatamente a saída por meio de rede social, mesmo pelo das 3 horas da manhã. Isso porque a informação poderia vazar e o clube já queria iniciar a manhã trabalhando para conseguir um novo técnico.
O treinador foi mantido no meio do Brasileiro-2020 quando havia uma crise do time. O entendimento é de que, naquela situação, houve um acerto porque o time acabou campeão. Mas não era o caso agora, avaliam os dirigentes.
Iniciada a temporada, Rogério teve bons resultados na Libertadores, os títulos da Supercopa e Estadual. Mas o time passou a ter oscilações no segundo tempo, com quedas de rendimento constantes. Houve quatro derrotas no Brasileiro com desempenho ruim diante do Atlético-MG.
Há um entendimento no Flamengo de que, sim, o treinador foi bastante prejudicado pelas ausências de jogadores que estavam com a seleção. Por isso, não daria para fazer uma análise técnica só desse período.
Mas havia um desgaste acumulado dele no Flamengo. Com essa situação, dirigentes compreenderam que talvez tivessem que fazer a demissão mais na frente na temporada em momento que seria pior. Ou com uma perda do Brasileiro ou eliminação em um dos mata-matas. Se havia uma necessidade de troca, esse era o ponto para ser feito na temporada, na avaliação de dirigentes.
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