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Patrocinadores da CBF monitoram desfecho de caso Caboclo, Nike se cala
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A Comissão de Ética da CBF puniu o presidente Rogério Caboclo com 15 meses de suspensão por conduta inapropriada com ex-funcionária da entidade, excluindo acusação de assédio. A pena permite que ele volte ao poder, embora isso pareça improvável no momento. Patrocinadores da CBF informaram que estão acompanhando o caso e o seu desfecho. A Nike se calou.
Uma ex-funcionária da CBF acusou Caboclo de assédio sexual e moral à Comissão de Ética da confederação. O "Globo Esporte" revelou gravações com áudios dos dirigentes com conotação sexual e pressão sobre ela. Ele foi afastado temporariamente e se iniciou uma investigação. Outras três denúncias de ex-funcionárias e de um funcionário da CBF já foram feitas.
Com o caso público, os patrocinadores pressionaram por uma investigação "profunda e célere" sobre os fatos. Todos se manifestaram contra o assédio. Internamente, dirigentes viram essa posição como vital para o afastamento temporário de Caboclo já que os patrocinadores geram a maior fonte de renda da entidade. Entre eles, estão Ambev, Itaú Unibanco, Kwai, Mastercard, Vivo e Nike.
Após a conclusão dos procedimentos investigatórios, a Comissão de Ética deu a pena de 15 meses, com 12 meses por serem cumpridos. Isso gerou uma disputa por poder na CBF e até abriu a possibilidade de retorno de Caboclo. Depois da confusão inicial, as 27 federações estaduais assinaram uma carta pedindo a renúncia do dirigente. São elas que decidem o seu destino. Ele resiste a sair.
De novo, o blog foi perguntar aos patrocinadores sobre suas posições após a punição menor do que esperado a Caboclo. Desta vez, a maioria dos parceiros da CBF se manifestou de forma conjunta em uma nota:
"A Ambev, GOL, Itaú Unibanco, Kwai, Mastercard e Vivo - patrocinadores da CBF - estão acompanhando atentamente o desdobramento dos fatos e aguardam a decisão final sobre o caso. Reiteram seu compromisso de combater o assédio e qualquer outro comportamento abusivo não só no ambiente de trabalho, mas na sociedade como um todo."
Questionada, a Nike afirmou que não comentaria a decisão. A empresa é a maior parceira da CBF e já informou ter rompido um contrato com Neymar por acusação de assédio sexual. Inicialmente, em julho, a empresa se dissera "preocupada". Desta vez, calou-se.
Os patrocinadores representam a maior fatia de renda da CBF, em torno de R$ 360 milhões anuais. Por isso, a posição deles tem relevância na definição do quadro político e no futuro de Caboclo.
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