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Por que Flamengo topa pagar R$ 60 milhões ao United por Andreas
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A negociação do Flamengo com Manchester United por Andreas está praticamente fechada por um valor em torno de 10 milhões de euros (R$ 60 milhões). Esse montante gerou questionamento até em membros da diretoria rubro-negra se era válido o investimento. Mas o departamento de futebol do Flamengo usou parâmetros de mercado, de desempenho e físicos para tomar a decisão de pagar o valor.
Primeiro, é preciso ressaltar que a negociação não está totalmente fechada, restando alguns detalhes para serem acertados. Os dirigentes, no entanto, acreditam que dificilmente haverá reviravolta. E o valor já acertado é 10 milhões de euros por 75% do atleta.
Bem, depois da venda dos direitos de Gerson, no meio de 2021, o Flamengo buscou no mercado internacional um jogador para a mesma posição com histórico parecido. Um deles foi Thiago Mendes, do Lyon. O time francês tinha comprado o atleta do Lille por 22 milhões de euros.
Outro atleta que foi desejado pelo Flamengo foi Wendell, ex-Fluminense. O atleta foi negociado pelo Sporting para o Zenit por 20 milhões de euros. O próprio Gerson foi comprado pelo Flamengo por 12 milhões de euros.
Como conclusão, o clube rubro-negro fechou o empréstimo de Andreas por um ano com opção de compra por 20 milhões de euros. Era um jogador com a mesma qualidade e vivência de Europa dos outros três, na avaliação da diretoria rubro-negra.
No clube, Andreas fez gols como de falta, chutava com as duas pernas e tinha intensidade. Nos testes físicos, é um dos melhores, quando não apresenta o primeiro lugar em desempenho. O técnico Paulo Sousa queria sua permanência, Andreas queria ficar.
O erro na final da Libertadores —que resultou no gol da vitória palmeirense— é considerada uma fatalidade. O departamento de futebol do Flamengo entende que isso cria um fator emocional nas análises externas sobre o atleta, mas a intenção é que a avaliação tem que ser racional.
Dentro dessa racionalidade, a primeira proposta rubro-negra foi de 8 milhões de euros. O Manchester United nem respondeu ao e-mail. O vice-presidente Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel ficaram cinco dias em Londres para subir a proposta e acertar os detalhes.
O fato de o Manchester ser o clube vendedor encareceu o jogador na avaliação dos próprios dirigentes. Um estudo do CIES (especializado pesquisas sobre esporte) aponta que quanto mais rico o time, maior será a multa cobrada pelo atleta.
Considerados todos esses fatores, os dirigentes do futebol entenderam que o valor pago era de mercado. A operação já foi referendada pelo presidente Rodolfo Landim.
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