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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Acordo de venda do Vasco gera R$ 190 milhões em 2022 e ajuda volta à elite

Jorge Salgado, presidente do Vasco (c.), ao lado de Josh Wander, sócio da 777 Partners, e Juan Arciniegas, diretor do grupo americano que vai assumir o controle da SAF - Divulgação
Jorge Salgado, presidente do Vasco (c.), ao lado de Josh Wander, sócio da 777 Partners, e Juan Arciniegas, diretor do grupo americano que vai assumir o controle da SAF Imagem: Divulgação

22/02/2022 04h00

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O acordo entre Vasco e 777 Partners terá efeito no futebol do clube ainda na campanha da Série B de 2022. Essa é a expectada da diretoria vascaína porque o pacto prevê aportes logo de R$ 190 milhões no momento em que for concluído de fato o contrato. Mas, óbvio, para isso o acordo precisa ser aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube.

O Memorando de Entendimento assinado pelo Vasco e o 777 Partners foi fechado com investimento de R$ 700 milhões para a compra de 70% da SAF do Vasco. Esse total entrará no período de três anos pela previsão do pagamento, isto é, são muitos desembolsos no início.

Desse montante, R$ 70 milhões serão dados como empréstimo para a associação. Posteriormente, serão convertidos em ações, dentro do patamar de 70%. Esse dinheiro será usado para normalizar o fluxo de caixa do clube que tem enfrentado dificuldades. Até porque o Vasco está na Série B, com receita de televisão reduzida ao pay-per-view.

Enquanto não houver assinatura do contrato definitivo, a atual diretoria do Vasco continua a ter o poder de gestão do clube. Ao contrário do que ocorre com Cruzeiro e Botafogo, não deve ser entregue a administração até que o acordo seja, de fato, aprovado e concluído. Mas dirigentes entendem que o valor já ajuda a campanha da Série B.

Além disso, há uma previsão de outro aporte de R$ 120 milhões na SAF quando for assinado o contrato definito. O prazo para assinatura da proposta vinculante é 90 dias após o acordo inicial. Depois, com aprovação do Conselho, o negócio evoluiria para a conclusão final, quando entraria o dinheiro.

Neste caso, o dinheiro poderia chegar no meio do ano para reforçar a campanha do time na Série B. Antes do acordo, o Vasco fazia projeções de um ano com orçamento enxuto na Segundona.

Mas a avaliação da diretoria vascaína é de que o clube não pode ficar mais um ano na Série B. Portanto, em se confirmando o acordo, a intenção é investir no time.

Outra característica do acordo do Vasco é de haver mais pagamentos no início do contrato. Não foi possível saber exatamente o cronograma de aportes, além dos iniciais.