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Clubes grandes retomam Liga e acenam a bloco de times com concessões
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Em São Paulo, 12 clubes grandes das Séries A e B se reuniram para retomar o projeto de Liga para o Brasileiro. Durante a reunião, houve aceno ao bloco de 10 equipes da primeira divisão do 'Forte Futebol' até com concessões financeiras e com a presença do Atlético-MG, que está em ambos os grupos. Ao mesmo tempo, alguns dirigentes presentes deixaram claro que, se não houver adesão, poderão continuar o projeto deles mesmo assim.
A reunião teve a participação de cartolas de Flamengo, Vasco, Fluminense, Corinthians, Palmeiras, São Paulo, Santos, Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Internacional. O Botafogo foi convidado e alegou que não tinha como participar, mas sinalizou interesse na Liga. Seu novo dono, John Textor, conversou com Rodolfo Landim, do Flamengo, sobre o tema no clássico no meio de semana.
Foi ainda a primeira participação de Ronaldo como cartola pelo Cruzeiro. Apesar de presente, o Fluminense é um clube bastante questionador sobre as iniciativas da Liga - seu presidente, Mário Bittencourt, não esteve presente.
É o primeiro encontro de todos os times grandes para discutir a formação da Liga desde o meio do ano passado. Neste meio tempo, houve brigas e avanços. Agora, há uma disputa de poder velada entre parte dos times grandes e outros 10 times que formam o "Forte Futebol".
A reunião foi organizada pela empresa Codajas Sports Kapital, que tem um contrato com seis times (Flamengo e os cinco paulistas) para desenvolver o projeto da Liga. Juntamente com a empresa, estiveram representantes do BTG, que seria responsável pela captação de investimentos. As duas empresas fizeram apresentações sobre o modelo de governança para a Liga e de possiblidade para estruturar a captação de investidores.
Durante o encontro, Flamengo, Palmeiras e Corinthians fizeram discursos de que fariam concessões em relação à divisão de dinheiro. Isso não significa, no entanto, uma distribuição igual de recursos.
Não há um formato definido, mas há ideias na mesa. Entre elas, pode-se estabelecer uma diferença que seja de 3,5 ou 4x1 entre o que mais ganha e o que menos ganha. Ou pode-se determinar que os atuais valores estão garantidos, com as diferenças atuais, podendo distribuir de forma mais igualitária o que vier de receita para frente. Não houve essa discussão na reunião. A intenção é deixar o tema mais para frente e permitir que todos tenham voz.
Os debates foram mais centrados na governança na Liga e em como encontrar um caminho comum com o grupo de 10 clubes do "Forte Futebol". O Atlético-MG, que é considerado dos dois grupos, é visto como potencial mediador. Mas não houve avanço prático nesta união, por isso, houve quem saísse descrente da reunião.
Entre os grandes, houve declarações que apontaram que, se o grupo de 10 clubes for intransigente, aí seguiriam sozinhos em seu projeto financeiro de formatar a Liga. Há uma preocupação de que o 'discurso rebelde' pode minar de vez o projeto. Um dos dirigentes presentes ressaltou que, sem todos os times, pode ser considerado na prática o fracasso da Liga.
Em sua estreia na mesa da cartolagem, o ex-atacante Ronaldo ressaltou que todos os times da Série B deveriam ser incluídos na discussão porque faz mais sentido estruturar a Liga com todos. Já houve essa inclusão no meio do ano passado, mas a iniciativa não foi adiante.
É mais um passo para tentar botar a Liga de pé. A questão é se os dois grupos de clubes serão capazes de chegar a um acordo.
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