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Clubes aparam arestas, times grandes prometem concessão de TV e Liga avança
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Com Igor Siqueira
Em meio à definição da eleição na CBF, os clubes da Série A voltaram a se reunir presencialmente para discutir a estruturação da Liga depois de mais de seis meses. O encontro, que ocorreu na própria sede da entidade, serviu para debater a disputa entre clubes grandes e o grupo "Forte Futebol" e houve avanços na união entre os times. Tanto que houve quem falasse em organizar a Liga até o final do ano.
Desde o meio de 2021, não havia uma reunião presencial da Liga. Pelo contrário, houve encontros de grupos dispersos. O Flamengo e cinco times paulistas assinaram com a empresa Codajas para desenvolver a Liga e participaram de reunião com o BTG, em um total de 12 clubes. Do outro lado, o "Forte Futebol", com dez clubes, quer atuar em conjunto para diminuir a desigualdade da divisão de dinheiro de TV do Brasileiro.
Durante o encontro, os grandes clubes fizeram discurso de que haverá concessões na questão financeira. O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, disse que há um entendimento que isso vai acontecer, que será divisão mais igual, mas que os grandes clubes continuarão a ter receita maior.
"Sim, a melhoria do futebol vai passar por isso (concessão). A gente entende que um momento você vai precisar ceder. Para que o bolo cresça e todos ganhem mais. Com o futebol mais bem organizado, o bolo vai crescer. Corinthians sempre foi a favor de uma divisão mais igualitária. É lógico que o Corinthians vai ter uma receita maior. Ninguém espera igual. Todos vão ter uma melhora, independente do que vai ser mais para um, mais para ele", disse ele.
Da parte do grupo Forte Futebol, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, saiu com discurso otimista. Ele prevê que a Liga possa ser estrutura até o final do ano. "Todos conversaram hoje. Todos colocaram suas dificuldades, seus anseios. Os clubes maiores entendem que é necessário trabalhar todo mundo juntos, dividir melhor esse bolo. Fazer o bolo crescer para dividir melhor".
E completou: "Clubes maiores entendem que precisam, sim, dividir melhor os recursos em uma eventual Liga que vai vir, em uma venda de direitos de 2025, fazendo o caminho do que já se faz nas grandes ligas. Não precisa inventar roda. A gente tem que fazer o que já se faz no exterior nas ligas que têm sucesso no mundo."
O tamanho da concessão e as regras da divisão do dinheiro vão determinar se o bom ambiente visto na CBF vai, de fato, gerar uma Liga estruturada.
A ideia agora é que todos ouçam as propostas em conjunto. Há uma previsão de reunião no dia 15 de março com a XP, La Liga e Alvarez & Marsal. As três empresas assinaram um acordo para desenvolver a Liga do Brasil. O desafio será convencer os clubes. A proposta da Codajas com o BTG tem objetivo similar.
Após o encontro, dirigentes entendem que é hora de definir qual é o melhor caminho e quem tem o maior know-how para desenvolver a Liga. E, a partir daí, seguir em frente com o projeto. Agora, há o aval e apoio da CBF, obtido nas conversas sobre as mudanças de estatuto da confederação.
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