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Vasco acerta detalhes de contratos com 777 sem efeito de protesto de vices
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A diretoria do Vasco já finaliza os últimos detalhes dos contratos para venda da sua SAF ao fundo 777 Partners. A carta de protesto de seis vice-presidentes do clube, que pedem maior acesso a informações dos acordos, não terá grande impacto no formato final. Mas os vices têm participado de discussões finais sobre itens de suas pastas A tendência é de que os documentos finais sejam submetidos aos sócios até julho.
O Vasco negociava com a 777 desde os últimos meses do ano passado: os acordos preliminares para venda da SAF já previam boa parte dos termos da negociação. O fundo de Miami comprometeu investir R$ 700 milhões e pagar as dívidas do clube em troca de 70% da SAF vascaína.
A partir desses termos preliminares, a diretoria vascaína aprofundou o trabalho e já chegou a sete contratos entre as partes para as transferências de direitos. É possível que exista ainda mais um contrato. O detalhamento ainda pode levar à elaboração de mais um acordo entre clube e fundo.
Os seis vices do Vasco, Vitor Roma (marketing), Horácio Jr (Responsabilidade Social e História), Fabio Nogueira (Patrimônio), Marcel Kaskus (Esportes Olímpicos e Paraolímpicos), Maurício Corrêa (Relações Públicas) e Rafael Cobo (Médico) elaboraram uma carta em que pedem mais detalhes sobre os acordos: alegam que o clube fica em posição "frágil" pela falta de participação deles para falar sobre suas áreas. Entre os temas que gostariam de discutir estão direitos de sócios, licenciamento de marca e instalações físicas de São Januário.
Houve incômodo das duas partes com a divulgação da carta. O objetivo do grupo de vices era levar o documento para o presidente do Vasco, Jorge Salgado, o que ocorreu. Entre quem negocia o contrato, o vazamento da carta foi visto como uma confirmação de que os vices não deveriam ter acesso a documentos sigilosos.
Os vices entendem que tiveram avanços para acessar a parte das informações do acordo. Entre os pontos em discussão está o direito dos sócios-estatutários, que hoje tem desconto sobre ingressos de jogos. Há o temor de que o número de sócios caia, e consequentemente a arrecadação, caso esse direito seja perdido. Outra questão é a remuneração pelo marca do clube, hoje estabelecida em R$ 1 milhão por ano.
O objetivo é garantir que a receita de licenciamento, aluguel de São Januário e mensalidade de sócios sejam suficiente para bancar a associação. Além disso, os vices têm a intenção de entender como funcionará o espaço e a infraestrutura atual do Vasco, delimitando o que fica com a SAF e o que é da associação.
Na cúpula do clube, no entanto, o entendimento é de que isso está bem definido no contrato. O Vasco associação será menor, com estrutura enxuta de funcionários, e uma receita própria para ser autossustentável. Mas não haverá excessos, já que o fim do clube é a gestão do futebol dentro da SAF.
Também há a certeza de que o uso da estrutura de São Januário também está bem delimitada e foi discutido dentro do clube. Outro ponto é que esportes como remo, que fundou o clube, estão claro que ficarão com a associação.
No caso de São Januário, o estádio continua com a associação, mas com uma cessão por 25 anos para a SAF. O preço de aluguel definido é de R$ 1 milhão.
Portanto, a carta não deve ter influência nos contratos finais que serão levados à aprovação do Conselho Deliberativo e de sócios.
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