Topo

Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Palmeiras tem como trunfo estar preparado para jogar no desconforto

Jogadores do Palmeiras comemoram classificação sobre o Atlético-MG na Libertadores - Amanda Perobelli/Reuters
Jogadores do Palmeiras comemoram classificação sobre o Atlético-MG na Libertadores Imagem: Amanda Perobelli/Reuters

11/08/2022 04h00Atualizada em 11/08/2022 13h12

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

Não faltaram chances para o Atlético-MG garantir a vaga na semifinal da Libertadores. No jogo de ida, abriu 1x0 no primeiro tempo e se apagou depois do intervalo, apesar de fazer 2x0. Teve um jogador a mais durante 60min da partida de volta (dois na sequência) e pouco criou. E, na melhor chance, seu artilheiro Hulk chutou para fora.

Não faltaram situações desconfortáveis para o Palmeiras no confronto das quartas de final. Seu início ruim na série foi sucedido por um segundo tempo frio no Mineirão, capaz de aproveitar o cansaço e desconcentração do rival. Com jogadores a menos, não perdeu seu padrão tático e parou o ataque atleticano.

De início, era uma parte equilibrada, competitiva, embora com poucas chances dos dois lados. Bem diferente do ano passado, o Palmeiras marcava em cima o Atlético-MG, mas também era pressionado na sua saída de bola. Os dois times se anulavam.

Até que Danilo foi expulso com justiça em entrada em Zaracho, aos 30min. Não havia grande discussão, já que sua sola foi no meio da perna no atleticano.

A partir daí, por 60min, o Palmeiras passou a ter duas linhas de marcação, com Zé Rafael entre elas como volante. Notável a disciplina tática de jogadores, como Scarpa, Rony, Dudu e Veiga, na composição da segunda linha de defesa.

O Atlético-MG perambulava com jogadores fora da área palmeirense. Até Hulk saia bastante e ficava longe do gol. O time não penetrava pelo meio, tanto que só chegou a ameaçar com uma bola longa para Jair cabecear para fora do gol.

Só no final da partida, quando o Palmeiras já tinha nove após a expulsão de Scarpa, que os inevitáveis espaços surgiram para o time mineiro. Afinal, o cansaço também batia. E ressalte-se que, mesmo com nove, o time alviverde subia a marcação em certos lances e tentava o gol ainda que com a bola parada. Em um das vezes que saiu, o Galo roubou a bola que foi parar no pé de Hulk, equilibrado, e que concluiu para fora.

Nos pênaltis, o Palmeiras vivia sua última situação desconfortável: vinha perdendo seguidas disputas de pênaltis na era vitoriosa do técnico Abel Ferreira. Mas o Galo voltou a falhar nos pés de Rubens, em cobrança que Weverton foi eficaz - pulou no canto que a comissão técnica palmeirense lhe indicara.

Lembremos, o time alviverde empatou quatro vezes com o Galo em eliminatórias de duas Libertadores. Esteve sempre sob pressão, no limite. E passou em ambas.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do escrito no texto original, o Atlétic-MG abriu o placar no primeiro tempo e fez o segundo gol na etapa final. O erro foi corrigido.