Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
CBF estuda usar linha de VAR favorável ao ataque como Premier League
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Com Igor Siqueira
A comissão de arbitragem da CBF estuda adotar as linhas de impedimento do VAR mais grossas que favorecem o ataque como na Premier League. Mas, para isso, vai primeiro saber se a Fifa e a International Board autorizam esse tipo de procedimento. Segundo, vai ouvir clubes e federações para saber se aprovam a mudança para a temporada de 2023.
Na Premier League, foram adotadas linhas mais grossas no árbitro de vídeo para marcar as posições do defensor e do atacante. Assim, quando os dois traços se sobrepõem a posição do jogador ofensivo é considerada legal. O que acaba com impedimentos milimétricos que anulam gols, como tem ocorrido no Brasileiro, e favorece o ataque.
De início, a CBF já procurou os responsáveis pelo VAR da Premier League para entender como funciona o sistema. E já tem informações gerais sobre como são as linhas de árbitro de vídeo por lá.
Na sequência, a comissão de arbitragem da CBF vai consultar a IAFB (International Board) e a Fifa para saber se esse tipo de prática é permitido pelas leis do futebol. Assim, poderia conseguir uma autorização para modificação futura do VAR nacional.
Depois disso, a CBF vai chamar clubes e federações estaduais para ouvi-los sobre uma possível alteração na linha de impedimento do VAR. Ou seja, a entidade só iria em frente se houvesse um apoio ao projeto por parte da comunidade do futebol do país. Essa consulta só poderia, obviamente, ser para o Brasileiro e Copa do Brasil de 2023 já que não se pode mudar orientações em campeonatos em andamento.
A decisão da CBF de estudar as linhas de impedimento da Premier League ocorre em meio a críticas de anulações de gols por lances bastante apertados. Um deles foi o gol do Internacional diante do Fluminense, no final de semana, pelo Brasileiro. O atacante colorado Alemão estava com os pés em seu campo (o que é posição legal), mas parte do seu tronco estava inclinado na frente do campo rival. O VAR anotou impedimento. A decisão foi considerada correta na confederação porque essa é a regra.
Na comissão de arbitragem da CBF, há uma discussão sobre o tema com ponderações dos dois lados. Entende-se que não havia impedimentos milimétricos no passado, antes do VAR. Mas, ao mesmo tempo, há o argumento de que o jogo de futebol fica cada dia mais rápido e vantagens pequenas são mais importantes do que antes.
Outro ponto que será analisado ao final da temporada é o operador do VAR, a Hawk-eye. A empresa fornece serviço para a CBF e para Conmebol, e seu contrato no Brasil acaba no final do ano. Houve falhas no sistema seja na linha de impedimento ou de árbitro de vídeo inoperante em jogos. A entidade deve abrir uma concorrência, mas não necessariamente vai trocar o operador. Isso vai depender da análise de propostas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.