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Eliminatórias longas atrapalham plano da CBF para evitar conflito com times
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O Conselho da Conmebol determinou a manutenção das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa-2026 com turno e returno de pontos corridos. Com isso, serão 18 partidas para cada time. A CBF era contra e tinha planos de usar as datas para acabar com os conflitos do calendário de seleções e clubes, mas teve de aceitar a fórmula.
Na votação, houve unanimidade. Mas a diretoria da CBF já tinha manifestado sua preferência pela mudança do formato por ideia do presidente Ednaldo Rodrigues. Ele sugeriu que houvesse um modelo com dois grupos de cinco seleções. A Argentina também chegou a se opor à fórmula atual. Cientes que iriam perder, ambas decidiram apoiar o formato vencedor.
Isso porque as outras oito federações fecharam questão em favor da manutenção dos turno e returno. Explica-se: o torneio é uma das maiores fontes de renda para as entidades. Com mais jogos, e a garantia de enfrentar Brasil e Argentina, essas federações têm um pacote de nove partidas valioso para se comercializado.
A questão é que, com o aumento de times para a Copa dos EUA, México e Canadá, em 2026, a América do Sul terá seis vagas e meia. Ou seja, de um total de dez equipes, 60% estará garantida no Mundial, o que tira a competitividade do torneio.
Para a CBF, há dois problemas. Primeiro, a falta de atratividade do torneio e repetição de jogos com os mesmos rivais. Com uma redução dos jogos sul-americanos, a confederação pensava em duas possibilidade para usos de datas.
A seleção brasileira poderia ter mais amistosos contra europeus, o que foi bastante dificultado no último ciclo, também pela Liga das Nações da Europa. Outro ponto, a CBF pensava em reduzir a carga de jogos de seleções para aliviar o calendário nacional.
Na confederação, há a intenção de resolver a questão do conflito de jogos da seleção com times. Assim, a CBF teria mais datas para o Brasileiro sem que houvesse sobreposição de datas. Agora, terá de se buscar outras soluções.
Em relação aos amistosos, a confederação deve negociar diretamente os direitos dos seus jogos com o final do contrato com a empresa Pitch. E Ednaldo Rodrigues sinalizou que pretende ver mais partidas do time nacional no país, em vez do exterior.
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