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Acordo Bahia e City tem dívida paga e dinheiro para 'clube de Libertadores'
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A diretoria do Bahia e o grupo City chegaram a um acordo sobre a proposta para a compra da SAF do clube. Entre as principais condições: pagamento integral e imediato da dívida do clube, investimento mínimo anual no futebol e plano de estar habitualmente na Libertadores. O acordo precisa passar pelo Conselho Deliberativo e sócios do Bahia para ser aprovado.
O anúncio da proposta da SAF foi feito pelo Bahia na terça-feira (20). Os detalhes serão conhecidos em reunião informal nesta sexta-feira (23) no Conselho Deliberativo do clube em apresentação da diretoria do clube e do grupo City. A partir daí, o Conselho fará um parecer com uma recomendação sobre a proposta de compra da SAF: os sócios votam pela aprovação ou não da venda da empresa. Se tudo der certo, a intenção é que o City comece a operar o futebol do Bahia em 1º de janeiro de 2023.
A negociação entre as partes estende-se por meses até chegar ao seu formado final. Essa são algumas das condições previstas na proposta obtidas pelo blog e que serão reveladas na sexta-feira. Veja em tópicos:
Compra
O City se propõe a comprar 90% da SAF do Bahia, sendo que os 10% restantes continuam com o clube. Pela Lei da SAF, isso significa que o Bahia terá a 'golden share' que lhe permite veto sobre mudanças de nome, cores, cidade, uniforme, etc. Aliás, o Bahia continuará a se chamar Bahia, sem o acréscimo do City. O valor a ser investido não foi possível obter.
Dívida
O acordo prevê que o grupo City quite integralmente a dívida do Bahia de imediato. O valor levantado é em torno de R$ 260 a 270 milhões. Esse montante pode ser um pouco menor porque há ações contra o clube que não devem chegar ao valor inteiro cobrado. Essa dívida inclui o déficit do ano corrente de 2022 em que o clube operou no vermelho por estar na Série B.
Um dos entraves resolvidos na negociação foi a dívida do clube com o Opportunity referente à parceria anterior feita pelo Bahia.
Garantia de investimento
Há uma previsão de investimento mínimo anual no futebol do Bahia por parte do City. Esse valor, que não foi divulgado, é correspondente a um orçamento de time na primeira metade da tabela do Brasileiro, isto é, entre os dez primeiros. Não há uma meta esportiva fixada porque o entendimento é de que seria difícil penalizar por não cumprimento.
Plano Libertadores
Dentro do planejamento traçado por Bahia e City, o time deve se tornar um frequentador habitual da Libertadores. Para isso, a aposta é que, mesmo não sendo um dos principais orçamentos do país, o Bahia contará com a gestão esportiva eficiente do City.
Estão incluídos aí o know-how e a tecnologia envolvida na administração do grupo para o futebol. Esse é considerado o grande trunfo da parceria: o time fará mais com o mesmo dinheiro. A ideia é que o projeto esteja consolidado em 15 anos.
Segunda prateleira dentro do grupo
Dentro do grupo City, o Bahia terá o segundo investimento no futebol, abaixo apenas do Manchester. Mas se considerarmos outros projetos, o valor também será inferior ao do New York City, pois o grupo investirá na construção de um estádio para o time dos EUA, que supera o valor total destinado ao Brasil. Desconsiderado isso, o investimento no Bahia no futebol em si será maior. Portanto, a diretoria considera que a promessa seja de que o clube se torne o segundo time do grupo, depois do Manchester City.
O City tem dez times pelo mundo, sendo um na América do Sul: o Montevideo City Toque. O Bolivar é um time parceiro. Com o Bahia na Libertadores, o Montevideo não poderá participar do torneio.
Sem dinheiro ilimitado, com apoio global
Não, o Bahia não se tornará um clube com dinheiro ilimitado, como o Manchester City, se aprovado o acordo. Ao mesmo tempo, o projeto não é para obter lucro e prevê que o dinheiro ganho será reinvestido. O tamanho do Bahia no cenário nacional dependerá também da sua torcida, da venda de camisas, sócio-torcedor, ingressos, negociação de jogadores. etc.
Mas haverá um outro trunfo: o Bahia tem a promessa da entrada dos patrocinadores globais do grupo City. De fato, há um grupo de empresas de Abu Dhabi que faz investimentos no City.
Outra vantagem é contar com trocas entre jogadores do grupo que podem ocorrer desde que de forma onerosa. Há regras da Fifa contra empréstimos ilimitados dentro de complexos de grupos.
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