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Como é o acordo para o City investir até R$ 1 bilhão no Bahia em 15 anos
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Em reunião nesta sexta-feira, o Bahia detalhou a proposta do City para compra da SAF do clube com investimento previsto de R$ 1 bilhão. Foram condições negociadas por um ano em conjunto para construir um acordo entre as partes. Cabe agora ao sócio do clube decidir se aceita os termos.
A apresentação das principais informação foi feita pelo presidente do Bahia, Guilherme Bellintani. Em sua fala, ele deixou claro que o Bahia foi um dos clubes que negociou com o Grupo City, entre outros do Brasil. Foi a negociação que avançou e, se aprovado, será o único clube do grupo no Brasil.
"Investimento de R$ 1 bilhão. Um número que novamente não tivermos dificuldade para atingir. O investidor disse desde o começo que não veio ao Brasil para ter um time de segunda linha, que quer um time competitivo, que quer um clube que amplie o investimento esportivo. Se ele quer isso, não precisará de pouco dinheiro", disse Bellintani.
Primeiro, é importante entender que, deste valor, são R$ 800 milhões obrigatórios a serem aportados pelo Grupo City. Outros R$ 200 milhões são projetados, porém, não são exigíveis por contrato.
Alguns do pontos do acordo foram antecipados pelo blog como a previsão de pagamento integral da dívida e o investimento mínimo garantido na folha salarial do clube. Então, vamos ponto a ponto entender a proposta na mesa do Bahia:
Dívida
São destinados R$ 300 milhões para o pagamento integral da dívida. A estimativa do clube é de que o valor do débito gire entre R$ 260 e 270 milhões, mas há a possibilidades de imprevistos com ações. Por isso, há uma margem.
O Bahia confirmou que haverá um pagamento forte de curto prazo da dívida. "Grande parte do acordo, 70%, 80%, será pago no curto prazo", disse Bellintani. O que não será quitado de imediato são débitos que estão em discussão e que o clube entende que não são devidos parcialmente ou plenamente.
Investimento em contratações
A previsão é de gasto de R$ 500 milhões em contratações de jogadores no período de 15 anos. É um gasto mínimo neste item, segundo o presidente do Bahia. Em média, isso significa R$ 33 milhões por ano com contratações de jogadores.
"A formação do City é investir em jovens atletas. O termo é investimento mínimo. Se olhar o plano do negócio, esse número vai ser atingido em menos de 15 anos", disse Bellintani.
Dinheiro para infraestrutura
Há outros R$ 200 milhões previstos para investimento em infraestrutura e divisão de base. Esse aporte não é obrigatório. Trata-se de um valor que deve ser aportado porque foi identificada essa necessidade. Em sua palestra, Bellintani deixou claro que trata-se de um valor projetado e não exigível em contrato.
Gasto mínimo no futebol
O acordo prevê que o Grupo City tem que garantir um investimento de 60% de sua receita no futebol do clube. É um percentual padrão no futebol europeu em clubes sustentáveis, dentro das regras de Fair play local. O valor mínimo garantido é de R$ 120 milhões. Se o clube gerar receita maior, por conta de torcida ou acordos melhores, o valor da folha terá de ser incrementado proporcionalmente.
Esse montante mínimo é compatível com o percentual de 60% da receita do Bahia em seus melhores anos, que girava em torno de R$ 200 milhões. Sem dívida, trata-se de um montante que está longe do topo da cadeia do futebol brasileiro, mas está acima do dinheiro disponível para a maior parte dos times da Série A.
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