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Galo afunila conversa com investidores e começará a receber ofertas por SAF
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O Atlético-MG avança no processo para venda de sua SAF e afunila a procura a um grupo de sete investidores. São empresas que demonstraram interesse real na aquisição da sociedade anônima. Agora, estão em fase de envio de propostas.
O processo do Galo de busca de investidores tem sido feito pela consultoria EY e pelo banco BTG. O início foi feito com o envio de folders pelo mundo. A partir daí, os grupos interessados requisitam um documento mais detalhado de 100 páginas com informações do clube.
Foram assinados acordos de NDA (Acordo de Não-Divulgação) com esses sete investidores. Agora, começa a fase de receber propostas, mas não é certeza que todos farão ofertas. Há uma cronograma otimista de que se tenha encaminhado uma proposta vinculante - que prende as duas partes - até o final do ano. Isso não é um negócio fechado até porque qualquer venda terá de passar pelo Conselho Deliberativo do clube.
Internamente, trabalha-se com a ideia de venda da maior parte das ações da SAF. O percentual não está definido e vai depender das propostas de eventuais investidores. O presidente do Galo, Sergio Coelho, disse que preferencialmente o clube queria manter o controle da empresa com mais de 50% das ações. Mas esse caminho é quase impossível, pois não se sabe no mercado de investidores em serem minoritários até agora.
Dentro da estratégia do clube, a ideia é um projeto que mantenha o Galo no topo das disputas das principais competições nacionais como aconteceu nos últimos três anos.
A questão é que, para isso, o clube tem recebido empréstimos da família Menin e de bancos para sustentar o futebol. A receita atleticana é insuficiente para nem bancar o time nem contratações nem folha. O cenário se agravou em 2022 com queda de receita de premiação e aumento de custos. Há uma dívida de mais de R$ 1 bilhão para ser solucionada. E isso terá de fazer parte da negociação da SAF.
A venda de parte do Diamond Mall já concretizada vai ajudar a abater esse débito, mas não será uma solução integral para a questão. O clube tem ainda uma dívida relacionada à construção da Arena MRV. Todos esses dados entram na conta dos investidores para aportes.
Pelo exemplo de outros clubes, que viraram SAF e foram vendidos, quanto maior a dívida a ser paga é mais difícil obter aportes maiores. Bahia e Vasco conseguiram valores maiores de investimento e tinham dívidas mais controladas do que Botafogo e Cruzeiro. Mas o Galo tem uma vantagem competitiva de ter um estádio próprio quase pronto para ser explorado, o que não era o caso dos outros três times grandes até agora.
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