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CBF espera por punição imediata a Ceará e Sport; times podem perder por 3x0
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A CBF já enviou para o STJD os relatórios e súmulas dos jogos de Ceará x Cuiabá e Sport x Vasco em que houve invasões de campo pelas torcidas locais. A expectativa dentro da entidade é de que ocorra uma punição célere para os dois clubes ainda neste campeonato. Entre as penas possíveis, estão dar a vitória para Vasco e Cuiabá, perdas de mando de campo ou multas. A procuradoria do tribunal analisa ambos os casos.
No domingo, pela Série B, a torcida do Sport invadiu o campo da Ilha do Retiro após o gol de empate do Vasco marcado pelo atacante Raniel que foi festejar junto à torcida. Houve agressões inclusive a uma bombeira que recebeu chutes enquanto estava deixada no chão.
No mesmo dia, pela Série A, a torcida do Ceará invadiu o gramado do Castelão em grande número. Era uma demonstração de insatisfação com o empate e a briga contra o rebaixado do time cearense.
A diretoria da CBF tem o entendimento de que são casos bastante graves. A avaliação é de que o STJD tem que agir com rapidez e estabelecer penas duras como resposta para a sociedade. Há uma percepção de que o tribunal irá seguir nessa linha e fazer um julgamento mais rápido.
O STJD é independente, mas a posição da CBF em favor de punições tem peso político.
Pelo artigo 20 do Regimento Geral de Competições, jogos interrompidos por falta de segurança podem gerar placar de 3x0 contra o time causado da interrupção do jogo. "I - se o Clube que deu causa à suspensão da partida estava vencendo ou a partida estava empatada, tal Clube será declarado perdedor pelo escore de 3 a 0 (três a zero)".
Além disso, O CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) estabelece penas por perda de mando de campo por casos de violência, entre as penas estão jogar sem torcida.
No caso do Sport, o árbitro Raphael Claus informou na súmula que parou e não retomou o jogo por falta de segurança: "Durante a comemoração do gol da equipe do vasco da gama, próximo a torcida do sport, muitos objetos foram atirados ao campo de jogo em direção aos jogadores, entre eles pedras, chinelos, tênis, isqueiros e copos com líquido. nesse momento a torcida do sport estourou o portão atrás do gol onde defendia a equipe do sport e começa uma invasão de muitos torcedores, não somente pelo portão, mas também por outros pontos da arquibancada. informo que os mesmos agrediram, jogadores visitantes que imediatamente correram para o seu vestiário, um senhor e uma senhora bombeiros civis que estavam trabalhando proximos ao portão, inclusive continuaram sendo agredidos após a senhora já estar caída e o senhor tentando protege-la."
Já na partida no Castelão, o árbitro Caio Vieira informou que também parou o jogo e não o retomou por falta de segurança após briga e invasão pela torcida do Ceará: "em seguida houve o som de disparos da polícia para conter e dissipar a confusão no anel superior, em virtude disso as pessoas que se encontravam no anel inferior, adentraram em massa no campo de jogo, com o objetivo de refúgio da confusão. porém alguns torcedores tentaram agredir jogadores da equipe ceará, onde os mesmos correram em direção ao túnel de acesso aos vestiários, como também a equipe visitante e a equipe de arbitragem junto com o policiamento, com o objetivo de resguardar a integridade física de todos. em seguida após alguns minutos pedi que as equipes retornassem aos vestiários com o objetivo de preservar sua integridade e me dirigi ao meu vestiário, após 11 minutos do início da invasão, entrei em contato com o comandante geral do policiamento sr. eduardo souza landim, tenente/coronel do batalhão bp choque, que não me deu garantia de segurança para reiniciar a partida. apos 13 minutos do início da invasão, decidi dar por encerrado a partida, por entender que não haveria garantia de segurança para o reinício da partida , pois haveria ainda 7 minutos por jogar referente ao restante do acrescimo do segundo tempo."
Questionado, o procurador-geral do STJD, Ronaldo Piacente, informou que analisa os dois casos e não se pronunciaria quando fossem feitas as denúncias.
Além de encaminhar as súmulas, a confederação também enviará um dossiê para Ministérios Públicos Estaduais sobre os dois casos de violência. Isso tinha sido anunciado em nota pela confederação.
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