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Qual o plano do Flamengo para reduzir custo por volta de Gerson
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Ao dar passos para repatriar Gerson, a diretoria do Flamengo sabe que é inviável comprar seus direitos por um valor muito inferior ao montante que o Olympique de Marseille pagou por ele. Lembremos: o total da operação de sua saída foi de 25 milhões de euros. Portanto, a estratégia rubro-negra será negociar o percentual dos direitos de Gerson para reduzir o custo para o caixa do clube.
O Flamengo vendeu Gerson para o Olympique no meio de 2021 quando Jorge Sampaoli era o técnico do time francês. A operação, que foi importante para o caixa rubro-negro, envolvia 20 milhões de euros fixos e bônus de 5 milhões de euros, que foram atingidos. O clube manteve 20% dos direitos do volante.
As conversas sobre a volta de Gerson foram iniciativa do seu agente e pai, Marcão, que procurou o Flamengo. Foi exposto que há uma questão entre o jogador e o técnico Igor Tudor, que não o escala. O volante confirmou a dirigentes rubro-negros sua vontade de voltar.
A partir daí, o staff de Gerson passou a conversar com a diretoria do Olympique sobre uma possível saída para o Flamengo. O clube manifestou seu interesse no atleta por meio da equipe dele. Portanto, há um alinhamento para andar com a operação.
Só que a negociação financeira ainda é inicial. O Flamengo avalia que o preço do jogador será similar ao de sua saída: descarta informações sobre pagar metade. Mas vê formas de reduzir o custo para o clube. Primeiro, o clube tem a receber do Olympique 6,5 milhões de euros por Gerson, que seriam abatidos. Segundo, possui 20% dos seus direitos.
Em um plano, os dirigentes rubro-negro pretendem comprar um percentual a mais para ter Gerson de volta, mas deixar uma parte retida com o Olympique. Poderia haver uma divisão de 60% e 40% ou outros percentuais para negociar. Assim, o custo a ser desembolsado reduziria. Essa estratégia depende da postura do clube francês. O pagamento também seria parcelado.
A negociação para ter Gerson não implica uma venda de jogador para cobrir o valor. João Gomes, da mesma posição e que tem mercado na Europa, não terá de sair: será vendido só se houver uma operação vantajosa para o clube. E o Flamengo vê com ceticismo a janela de transferências do final de ano por causa da Copa do Mundo e por ser a menos agitada da Europa.
Pelo orçamento, o clube teria de vender mais R$ 60 milhões em jogador no ano. Mas o Flamengo teve premiações acumuladas de campeão da Copa do Brasil e da Libertadores que não estavam previstas no orçamento. Superam as metas deste item em cerca de R$ 150 milhões.
Além disso, antes dos prêmios, o clube já tinha fechado com superávit de R$ 129 milhões o terceiro trimestre. As receitas no ano vão superar R$ 1 bilhão, o caixa foi reforçado e a dívida foi reduzida durante o ano e é inferior a R$ 400 milhões. Ou seja, há um espaço para investimentos mesmo sem vendas.
Assim, o Flamengo tem a vontade de Gerson de voltar ao clube, o problema do Olympique para resolver a questão do jogador e dinheiro para comprá-lo. Mas ainda tem um caminho para negociar o custo mais vantajoso para a operação.
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