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Após recusa de rivais, Band tem Carioca sem pagar e cede cota publicitária
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O acordo de transmissão da Band para o Carioca envolve divisão de receita publicitária entre a emissora e a Brax Assets, empresa contratada pela Ferj (Federação de Futebol do Rio de Janeiro) para ceder os direitos. Não há um pagamento de valor fixo. O risco é da Brax que terá de pagar R$ 61 milhões pelos direitos a clubes e Ferj.
O modelo entre Brax e a Band foi idealizado depois de concorrentes como SBT e Record decidirem sair do negócio porque nem todos os clubes aderiram, Vasco e Botafogo ficaram fora. A Globo tinha se desinteressado pela competição antes.
A primeira transmissão do Estadual do Rio será feita pela Band no jogo entre Flamengo x Audax, nesta quinta-feira. Haverá dois jogos por rodada na primeira fase na TV Aberta, principalmente partidas do time rubro-negro e do Fluminense. Além disso, a Bandsports passará um total de 50 partidas.
A questão é que a Brax só conseguiu a cessão de direitos de 10 dos 12 times do campeonato. A empresa ofereceu um total de R$ 61 milhões entre garantias aos clubes e despesas de produção. Como o Flamengo exigiu receber mais, Vasco e Botafogo recusaram vender os direitos.
Neste modelo, Record e SBT saíram da concorrência alegando que não interessaria uma competição sem todas as partidas. Jogos semifinais ou finais podem não estar no pacote caso os times alvinegros sejam mandantes. Anteriormente, a Globo tinha desistido.
A solução foi acertar um pacote de divisão de receita publicitária com a Band. Com as transmissões em TV Aberta, a emissora e a Brax poderá negociar quatro cotas publicitárias, além de dividir outras propagandas com a emissora. A avaliação da Brax é de ser viável obter uma receita significativa por conta dos bons índices do Carioca. Por isso, a empresa está satisfeita com o modelo.
Fontes independentes do mercado entendem que é possível, sim, gerar boa receita com esse modelo, talvez até um valor superior ao obtido com a Record no ano passado. A emissora pagou R$ 15 milhões pelo último ano.
Uma vantagem é que a Brax Assets já negocia placas na Copa do Brasil e boa parte do Brasil. Nestas competições, conta principalmente com patrocínios de empresas de apostas, como Betano, Pixbet e Futebol Fácil.
Mas há um entendimento entre os envolvidos no negócio que será difícil para a Brax Assets conseguir gerar R$ 61 milhões com o modelo. Neste caso, a empresa levaria prejuízo nesse primeiro para tentar recuperar nos anos seguintes do Carioca. São mais dois anos de contrato.
Até por isso o contrato da Brax com Flamengo e Fluminense prevê pagamentos parcelados mais para o final do campeonato. A ideia é justamente arrecadar para ter o fluxo para quitar os compromissos com os clubes.
Pelo acordo feito, o Flamengo tem direito a um garantido de R$ 21 milhões pelos direitos do Carioca, enquanto o Fluminense receberá R$ 14 milhões. Os outros oito clubes dividem R$ 20 milhões.
Desde a saída da Globo, a Brax é a segunda empresa que tenta negociar e aumentar o valor do Carioca. Anteriormente, era a Sporstsview que fez a operação. Em 2022, a transmissão do Carioca na Record e em plataformas de pay-per-view deixou os clubes insatisfeitos com os resultados financeiros.
A Band foi procurada pelo UOL, mas não comentou o acordo.
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