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Plano do Galo para SAF tem investidor americano, R$ 1 bilhão e mecenas
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O plano do Atlético-MG em curso para se transformar em SAF já tem um desenho com o controle pela empresa norte-americana, The Football Co. O investimento é negociado na casa de R$ 1 bilhão. Há ainda um planejamento para os mecenas do clube ficarem com um percentual da nova empresa em troca de seus empréstimos. Além disso, há um planejamento para redução da dívida com toda a operação.
A negociação do Galo com a Football Co, controlada pelo norte-americano Peter Grieve, já tem uma proposta não-vinculante. Ou seja, é uma oferta cujos termos ainda estão em negociação para atingir as condições e valores finais. Isso deve ocorrer até o final de janeiro e início de fevereiro quando a previsão é ter uma proposta definitiva do grupo dos EUA.
Pela negociação atual, o investimento será em torno de R$ 1 bilhão por um percentual que dará o controle da SAF do Galo ao The Football Co. O percentual adquirido, no entanto, não está definido. Pode ser maior ou menor do que 50%. De qualquer maneira, se for menos de 50%, haverá um acordo de acionistas para que a empresa tenha a gestão da SAF.
Os mecenas do clube, Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Renato Salvador, ficarão com um percentual da SAF em troca dos empréstimos que fizeram ao Galo - os Menin têm a maior parte dos mútuos. O valor estava entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões, considerando também uma parte com o Banco BMG. Ainda será definido a fatia que fica com o clube.
A dívida do Atlético-MG, no entanto, é bem maior. Ao final de 2021, o valor era de R$ 1,3 bilhão. Como o clube continuou a operar no vermelho em 2022, e não teve premiações significativas, a perspectiva é de que, no balanço de 2022, ocorra um aumento e que o valor fique em torno de R$ 1,4 bilhão.
Com a redução do débito dos mecenas, o Atlético-MG usará o dinheiro a ser arrecadado com a venda do shopping Diamond Mall para reduzir a dívida onerosa, com bancos, que é a mais volumosa. Esse total atingia em torno de R$ 400 milhões ao final de 2021. Já foi acertada a venda de 25% do shopping por R$ 170 milhões. A expectativa é gerar o mesmo valor com o restante em um total de R$ 350 milhões.
Assim, o clube poderia reduzir a dívida onerosa neste montante. Outros R$ 300 milhões do débito total do Galo são com o governo e são pagos a longo prazo por meio dos dois programas fiscais, Profut e Perse.
Feitas todas as contas, a SAF teria de responsabilizar com uma dívida privada em torno de R$ 450 milhões, além da pendência com o governo. Pela lei, são destinados 20% da arrecadação da empresa para pagamento de dívidas.
Uma questão em aberto é o estádio MRV, que será inaugurado neste ano. A Football Co. Quer incluir a arena na operação, mas esse não é o desejo do clube. O restante do patrimônio ficaria com o Galo.
Atualmente, o The Football Co. está em processo de auditoria para confirmar os número financeiro e, com isso, fazer a proposta vinculante, que já tem um compromisso firmado. A partir daí, haveria um período final para os dois lados aprovarem toda a operação. A venda da SAF vai passar por votação no Conselho Deliberativo do clube, assim como aconteceu com outros clubes.
O The Football Co. com controle de Peter Grieve que não teve propriedade de clubes de alto nível até agora. O executivo teve um time no Zimbabue, mas tratava-se de um projeto social, não um investimento de fato.
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