Liga do Brasileiro poderia antecipar volta de estrelas como Marcelo ao Flu

O Fluminense realizou a contratação de maior impacto da janela de transferências do Brasil ao repatriar o lateral Marcelo. Foi dono da lateral-esquerda brasileira durante anos e é o maior vencedor da história do Real Madrid, um grande nome que certamente vai encher a arquibancada tricolor ao estrear. Retorna ao país aos 34 anos.

Não é o objetivo deste post discutir se Marcelo vai dar certo ou não em campo no Fluminense, se tem capacidade física para repetir as atuações espetaculares de sua carreira. O tempo vai se encarregar de responder esta pergunta.

A constatação meio óbvia é que Marcelo chega já um veterano como ocorreu com Renato Augusto e Luiz Suárez ao Corinthians e Grêmio. E como já aconteceu com Kaká, Ronaldinho, Ronaldo, entre tantos outros. Alguns tiveram grande impacto técnico, outro menos, alguns não justificaram a fama.

Mas certamente seus retornos teriam uma repercussão ainda maior para o brilho do Brasileiro caso tivessem ocorrido alguns anos antes.

Para isso, os times brasileiros precisariam ter um novo salto de receitas em relação ao patamar atual. Já houve evolução considerável com o incremento de direitos de tv, marketing e venda de jogadores em boa parte dos clubes. A parte comercial, especialmente com a chegada de casas de apostas, é que mais tem crescido.

Mas só vai haver um aumento maior de renda dos clubes com a Liga única para organização do Brasileiro. Ou seja, precisaria haver um acordo entre a Libra e a Liga Forte Futebol para que isso aconteça em 2025.

"Ora, mas o que isso tem a ver com o Marcelo?? Com a Liga, o Brasil é capaz de ter um grupo de times no patamar de médios da Europa, talvez um deles dentro do top 10 de receitas.

Marcelo poderia ter voltado já direto do Real Madrid, sem a passagem pelo Olympiacos, e antes de chegar à reserva do time espanhol. Suárez poderia chegar ao Grêmio uns três anos antes, logo depois de ter saído do Barcelona. E o mesmo vale para tantos os outros.

Os times brasileiros ainda teriam maior capacidade de contratar jogadores de elite do mercado sul-americano concorrendo com europeus ou manteriam os brasileiros por aqui por mais tempo. Seria até possível atrair alguns europeus de nível intermediário das grandes ligas ou garimpar jogadores em times africanos.

No geral, haveria grandes nomes para vender a Liga do Brasileiro para o exterior e mais jogadores para incrementar o nível técnico. Nem é uma meta tão distante, é um objetivo bem possível com um mínimo de entendimento entre os clubes.