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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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CBF manda cobrir marca Allianz em jogo do Palmeiras na Copa do Brasil

Colunista do UOL

13/04/2023 05h00

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A CBF mandou todos os estádios cobrirem as marcas de patrocinadores nos jogos da Copa do Brasil, com exceção das placas em volta do campo. A ordem inclui a marca do Allianz Parque no jogo do Palmeiras contra o Tombense. Também houve restrições no Maracanã.

As medidas são uma aplicação de um novo dispositivo do Regulamento Geral de Competições e das regras da Copa do Brasil. Essas medidas foram reveladas pelo blog e causaram irritações nos clubes. Foi introduzido o artigo 43 que proíbe publicidade em arquibancadas e cadeiras.

A intenção é só deixar os patrocinadores vendidos pela agência do campeonato - Brax - expostos. No caso, é a publicidade em volta do campo. O contrato da Brax teve um valor bem superior ao anterior da Klefer em negociação com a CBF.

No Allianz, a CBF mandou cobrir todas as macas de Allianz Parque e Allianz Seguros com faixas azuis. Ambos pagam pelos naming rights do estádio em um contrato de R$ 300 milhões. Essa medida tem impacto na entrada de patrocínio feita pela WTorre, parceira do Palmeiras, para a empresa Allianz.

Também foram apagados os anéis de luz com patrocinadores acima dos camarotes. Neste caso, outras receitas do estádio podem ser afetadas.

No Maracanã, houve as mesmas restrições na publicidade interna no jogo entre Fluminense x Paysandu. Mas o estádio já vinha tendo cobertas essas marcas.

A novidade foi que nem patrocinadores nos corredores internos dos estádios, como contratos de distribuição de bebida, puderam ser exibidos durante o jogo. Isso impacta nas receitas do estádio.

A CBF avisou por meio de um ofício em fevereiro que as marcas deveriam ser cobertas.

"Neste sentido, esclarecemos que as propriedades de publicidade estática da COPA BETANO DO BRASIL 2023 são de exploração exclusiva da empresa BRAX SPORTS ASSETS, de modo que os Clubes participantes não estão autorizados a utilizar qualquer área do estádio para expor qualquer tipo de marcas ou patrocínios", diz o documento obtido pelo blog.

O procedimento é similar ao que é feito pela Conmebol na Copa Libertadores. A CBF foi tão restritiva quanto a confederação sul-americana, segundo apurou o blog.