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Flamengo quer manter poder de veto na Libra que provocou críticas de Leila
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O Flamengo não tem intenção de abrir mão do poder de vetar mudanças nas regras de divisão de dinheiro entre os clubes da Libra, o que gerou conflito com o Palmeiras e declarações críticas de sua presidente, Leila Pereira. Essa é a posição do clube pelo menos para o primeiro ciclo do contrato da Libra - talvez um prazo de cinco anos.
A Libra foi fundada com uma regra que exige unanimidade para qualquer alteração na distribuição das receitas de televisão e comerciais. Já houve uma mudança recente nos critérios, que foi aprovada por todos os clubes.
Essa alteração distribuição ocorreu em assembleia da Libra em 28 de fevereiro. Na ocasião, levantou-se também a discussão sobre a unanimidade para alterar a divisão de dinheiro. Foi neste momento que ocorreu uma discussão áspera entre Landim e Leila. Ela queria discutir o fim do mecanismo, ele era contra.
O jornal "O Globo" publicou esse embate e, nesta sexta-feira, Leila criticou publicamente o Flamengo em entrevista coletiva:
"Sempre me dei bem com o Landim, mas preciso me posicionar. Vou dar um exemplo prático: na Libra, determinados assuntos precisam ser decididos por unanimidade. Sou contra unanimidade, quando isso acontece você não vai decidir nada. Tenho certeza que 99% dos clubes são, o Flamengo não é. Tentamos votar o fim dessa unanimidade, que seja por maioria. O presidente do Flamengo foi contra, mas por que tudo tem que ser do jeito que o Flamengo quer?"
A diretoria do Flamengo tem o entendimento de que é necessário, sim, manter a unanimidade para alterar distribuição pelo menos no 1o ciclo do contrato com o Mubadala. Entende-se que, se não for isso, o clube tem que ter algum poder de veto para mudanças que prejudiquem seus ganhos.
O temor dentro do Flamengo é que, depois de aprovada a Liga, outros decidam acabar com a garantia de manter os ganhos atuais que têm o próprio clube e o Corinthians. Além disso, o clube não teria como vetar uma alteração na regra de distribuição que garante uma fatia para audiência de TV. Há um entendimento rubro-negro de que o Corinthians está do seu lado neste debate.
Dirigentes rubro-negros também avaliam que Leila assinou o estatuto da Libra com a inclusão da unanimidade. E que não há soberba por parte do clube em cumprir as regras. Para o Flamengo, Leila deveria ter lido o contrato que assinou.
Outro ponto é que Landim terá de levar o contrato da Libra com o Mubadala para ser votado no Conselho Deliberativo. E nenhum presidente do Flamengo aprovará um contrato que preveja a possiblidade de perdas para o clube.
Haverá uma nova assembleia da Libra em breve em que, supostamente, seria discutida a questão da unanimidade. Ainda não há data.
O blog pediu para a assessoria do Flamengo uma posição de Landim sobre os comentários de Leila. Quando tiver uma resposta, atualizará o post.
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