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CBF descarta parar Brasileiro e articula com Fifa medida contra manipulação
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O presidente da CBF Ednaldo Rodrigues descartou paralisar as Séries A e B do Brasileiro por conta do escândalo de manipulação de jogos por apostas descoberto pelo MP de Goiás.
Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder de polícia e Justiça"
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
O cartola admitiu, no entanto, que há dano à imagem da competição. Como uma das medidas preventivas, a CBF articula um modelo mundial de investigação de manipulação com a Fifa, que lembrou também do dano que causaria ao sistema do futebol uma eventual paralisação do Brasileiro.
O dirigente entende que a CBF é vítima. "Quando tem isso (suspeita de manipulação), a gente encaminha para o STJD. Que os causadores sejam suspensos de acordo com as leis", disse ele.
A CBF já tem contrato com a empresa Sports Radar para monitoramento de apostas em sites. Os casos suspeitos são encaminhados ao STJD. A denúncia do MP acusou 16 pessoas de envolvimento na manipulação de lances em oito jogos da Série A de 2022. Uma parte dos envolvidos são jogadores. Há indícios do envolvimento de outros atletas nas apurações.
Mas a entidade já articula com a Fifa uma rede mais ampla para investigar mundialmente as manipulações em torno do futebol. Essas conversas entre Ednaldo e dirigentes da federação internacional sobre o assunto já ocorrem antes da denúncia feita pelo MP.
"Iniciativa da CBF com a Fifa, queremos passar para a Fifa (o caso)", diz o dirigente. Os detalhes do projeto ainda são mantidos em sigilo, mas foi uma ideia da confederação que foi encampada pela entidade mundial do futebol e trataria da questão das manipulações.
A intenção de Ednaldo é convocar os clubes do Brasileiro para discutir o assunto por meio de uma videoconferência. O objetivo é mostrar o que tem sido feito e discutir medidas para coibir as armações.
"Quero mostrar a documentação com a Fifa. As medidas que a CBF pode fazer, a contribuição para inibir a situação. Já agora na próxima reunião envolvendo clubes das Séries A, B, C. Eles estão em atividade, então podemos fazer por videoconferência. Mostrar o que é feito e todas as providências que estão sendo tomadas", concluiu Ednaldo.
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