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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Fundo árabe muda proposta à Libra para atrair Vasco, Botafogo e Cruzeiro

Reunião da Libra na última sexta-feira - Marcos Galvão/LIBRA
Reunião da Libra na última sexta-feira Imagem: Marcos Galvão/LIBRA

Colunista do UOL

05/06/2023 12h47

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O fundo Mubadala fez mudanças na sua proposta à Libra de compra de direitos do Brasileiro com o objetivo de atrair Vasco, Botafogo e Cruzeiro. A nova oferta foi para R$ 2,375 bilhões, mas por 12,5% dos direitos sem condicionantes. Anteriormente, eram R$ 4 bilhões por 20% com algumas exigências como participar da organização da Série A.

Até agora o fundo tem adesão de 15 clubes (após assinatura do Guarani) ao MOU (memorando de entendimento). Vasco, Botafogo e Cruzeiro questionaram as condições da 1a proposta e preferiram não assinar o pre-contrato até agora que seria o ponto para dar sequência à negociação. A nova proposta foi entregue nesta segunda-feira.

A Libra é composta pelos times Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Flamengo, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, entre outros times.

O fundo Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, fez uma proposta para compra de 20% dos direitos do Brasileiro dividida em duas hipóteses: 1) compra dos direitos de toda liga, ou seja, pelo menos 34 times com valor R$ 4,750 bilhões 2) compra de 20% dos direitos do bloco de clubes da Libra, com pelo menos 18 times, R$ 4 bilhões.

Depois disso, 14 clubes assinaram o MOU (Memorando de entendimento) com o Mubadala, espécie de pre-contrato para dar sequência às negociações. Posteriormente, o Guarani também assinou, completando 15 times.

Cruzeiro, Vasco e Botafogo não gostaram de algumas condições propostas no acordo para o bloco de clubes. O Cruzeiro questionou que havia uma condicionante na proposta da Mubadala de que houvesse participação na organização do Brasileiro. O clube entendia que isso não seria concedido pela CBF e que, com isso, não poderia ser recebido o dinheiro na hora.

Por isso, o Mubadala criou uma nova versão da proposta que deixou de ser por 20% e passou para 12,5% dos direitos do Nacional sem a necessidade de participar da organização ou outro condicionante. Em troca, compromete-se a pagar 50% do total de R$ 4,750 bilhões, isto é, R$ 2,375 bilhões. O valor seria pago à vista após assinatura do contrato definitivo.

A ideia é esse ser um formato inicial para que, depois, se encaminhe para um Liga com mais adesões. Por isso, há até flexibilidade da adesão mínima de 18 times para essa proposta parcial. De outra forma, a oferta de R$ 4 bilhões continua na mesa se forem atendidas as condicionantes no futuro, assim como a oferta de R$ 4,750 bilhões pela Liga inteira se houver adesões suficientes.

Um dos três clubes, Vasco, Botafogo e Cruzeiro, confirmou ao blog que não houve rompimento com a Libra, nem negociação com a Liga Forte Futebol. A intenção é, de fato, esperar para saber se de fato o contrato era favorável para o clube.

Com isso, o Mubadala alterou a proposta inicial retirando condicionantes previstas para a proposta de bloco. A intenção é tentar convencer os três clubes da Libra. Ainda não há uma posição por parte deles.

Se eles optarem por não assinar, as negociações em relação ao contrato seguirão e os clubes terão a chance de aderir no contrato definitivo ou poderão romper de vez e sair da Libra. Sem contar com 18 clubes, a proposta do Mubadala por um bloco de direitos não é válida. A não ser que houvesse uma adesão de outros times da Liga Forte Futebol. Quem assinou tem direito a R$ 3 milhões de sinal antes da assinatura do acordo definitivo.

Mas a LFF tem sua negociação própria com os investidores do fundo Serengetti.