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Como começou a briga entre Palmeiras e WTorre que irrita Leila Pereira
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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, disse ontem ao GE que o acordo com a WTorre no Allianz Parque "é um péssimo negócio". A declaração ocorre por conta de uma dívida da empresa com o clube (R$ 128 milhões) e de uma disputa entre as partes. A briga começou quando um acordo negociado entre a agremiação e a construtora explodiu.
Já Sílvia Torre, cofundadora e presidente do conselho da WTorre S.A, negou o valor. "Não devemos R$ 128 milhões para o Palmeiras. Os créditos e débitos de ambas as partes estão em arbitragem em curso. Uma vez decidida, será paga", disse em comunicado oficial.
Para recontar essa história, o blog ouviu as versões dos dois lados, extraoficialmente, porque há dados que não podem ser ditos por conta do processo no tribunal de arbitragem. Esse processo se iniciou por discordâncias entre as partes ainda na gestão do ex-presidente palmeirense Paulo Nobre.
Palmeiras e WTorre tinham divergências sobre repasses de dinheiro, dívidas entre as partes, gestão de datas de jogos e utilização de cadeiras. Houve uma longa negociação de um acordo na gestão de Maurício Galiotte. Um entendimento esteve próximo, mas deu para trás durante a presidência de Leila Pereira.
Na versão do Palmeiras, o acordo alinhavado demorou a ser concluído porque a WTorre sempre tentava colocar pontos que eram inaceitáveis para o clube. Mas havia avanços e se aproximava um esboço de acordo.
Quando Leila Pereira assumiu, os termos do acordo foram levados para seus novos gestores. Só que a avaliação é de que houve mudanças no que havia sido acordado e que as condições se tornaram mais prejudiciais ao clube e muito benéficas para a WTorre. Na descrição no Palmeiras, tudo era a favor da construtora.
Representantes do clube tentaram refazer o acordo em bases mais favoráveis ao Palmeiras, mas dizem que sem sucesso. Ao entender que a WTorre estava enrolando, e não pagava a dívida, Leila Pereira decidiu entrar na Justiça para cobrar R$ 128 milhões em dinheiro. Internamente, entende-se que ela perdeu a paciência por ver falta de colaboração por parte da WTorre.
Na versão da WTorre, o acordo entre as partes com todos os itens - inclusive revisão da gestão de jogos - estava fechado na gestão de Galiotte. Faltava assinar o que pacificaria as duas partes.
Leila pediu a revisão de uma parte das condições. Foi feita uma contraproposta, que a equipe do Palmeiras aceitaria. Porém, quando subiu na mesa da presidente, ela não gostou e desistiu de fazer acordo, segundo a WTorre.
É lembrado dentro da construtora que a explosão do acordo coincidiu com o lançamento da arena do Santos pela empresa. E tem outro ponto: a WTorre tinha negociado todos os 7 mil lugares a que tem direito no Allianz Parque, no programa Passaporte, e a partir daí usaria outros 3 mil extras. Isso obrigaria conselheiros a mudarem de assentos atrás dos bancos, nobres, o que causa um problema político.
Além das cadeiras, e da dívida, o tribunal de arbitragem tinha uma discussão sobre a marcação dos jogos. Atualmente, a WTorre tem amplo poder para marcar shows. Mas tem o costume de limitar o impacto de partidas do clube em seis por ano, o que promete se repetir nesse ano. A empresa argumenta que recusou o Coldplay por isso.
Já o Palmeiras tem se mostrado insatisfeito por ter de deslocar partidas por conta de shows. Tanto que se vê prejudicado no segundo semestre por jogos em que terá de atuar fora - quatro estão previstos.
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