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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Por que a CBF rebateu auxiliar de Abel e não fez o mesmo com Felipão

João Martins, auxiliar do Palmeiras, durante partida contra o Athletico-PR no Brasileirão - Cesar Greco/Palmeiras
João Martins, auxiliar do Palmeiras, durante partida contra o Athletico-PR no Brasileirão Imagem: Cesar Greco/Palmeiras

Colunista do UOL

04/07/2023 04h00

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Durante o final de semana, o auxiliar do Palmeiras, João Martins, e o técnico do Atlético-MG, Felipão, acusaram a CBF de prejudicar seus times de forma intencional. A confederação soltou uma nota para rebater as declarações do Palmeiras, sem menção ao atleticano. Por que?

Para contextualizar, lembremos, João Martins disse que o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem porque é ruim para o sistema o time ganhar dois anos seguidos. Já Felipão afirmou que havia uma ordem lá de dentro para dar cartões para Hulk.

O entendimento da CBF é de que as declarações de Martins foram bem além de insinuar esquemas de arbitragem. Na visão da entidade, foi um ataque a todo o futebol brasileiro ao dizer que ele não é levado a sério na Europa, que os jogadores simulam. Martins chega a dizer que o futebol brasileiro tem "pouca credibilidade".

Dentro da CBF, há a percepção de que o Brasil foi tratado como um ambiente primitivo. Além disso, é usado como argumento a sucessão de fatos protagonizado pela comissão técnica do Palmeiras, como chute em microfone, celular tomado e os seguidos casos de indisciplina na beira do campo.

No caso de Felipão, a CBF entende que, apesar da crítica à entidade, ele não colocou em dúvida toda a credibilidade do futebol brasileiro. Além disso, ele já foi expulso.

Portanto, a confederação crê que o caso já vai automaticamente para o STJD. Como ele será julgado, a entrevista posterior ao jogo terá de ser analisada pelo tribunal junto com o vermelho.