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Rodrigo Mattos

REPORTAGEM

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Comissão da CBF divide-se sobre pênalti para Flamengo e defende VAR

Colunista do UOL

11/07/2023 08h41

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A comissão de arbitragem da CBF se dividiu sobre acerto ou erro na não marcação de pênalti em Everton Ribeiro, do Flamengo, no jogo com o Palmeiras. Em vídeo da CBF, o presidente da comissão, Wilson Seneme, entende que houve um "potencial de infração". Mas, como o lance é visto como interpretativo, considerou-se correta a não intervenção do VAR.

Everton entra na área e recebe um impacto de Richard Rios nas costas. O lance é visto como o mais difícil da rodada.

Houve uma votação equilibrada entre os membros da comissão. Dos 11 membros, seis votaram por não marcar o pênalti, e outros cinco entenderam que foi penalidade. No geral, a comissão da CBF entendeu como o lance mais difícil da rodada.

Os áudios do VAR mostram que o árbitro Ramon Abatti foi decisivo para a não marcação do pênalti. Ele diz que Everton se jogou ao receber o impacto.

"Não tem impacto nas costas dele. Tem o contato e não tem impacto. Ele segura a passada e se joga. Impacto é mínimo", diz o árbitro.

Com isso, VAR concorda com ele e manda seguir o lance "o que você viu em campo".

Seneme concordou com a decisão de respeitar a decisão do árbitro de campo que estava bem posicionado. Mas reconheceu que é um lance difícil.

"Estamos falando de uma jogada extremamente fina. Nós no departamento de arbitragem, são 11 instrutores técnicos. Essa jogada absolutamente dividida. Absolutamente dividida. Isso demonstra o grau de dificuldade que ela é", contou Seneme, no vídeo de arbitragem.

"Na nossa visão, de maneira geral, esse contato nas costas, por ter sido nas costas, nós vemos sim um potencial de infração dessa jogada. Quero saber essa questão: Por que o VAR não entrou? Quando ele deve entrar? Como ela está dividida, como é interpretativa, por que o VAR não entra em jogada interpretativa?", diz ele.

O coordenador de VAR, Péricles Bassols, responde:

"A base da linha de interpretação e intervenção. O fato de ser uma jogada dividida. Mostra que é uma jogada interpretativa. Tem uma narrativa muito forte do árbitro de campo. E narra nos detalhes que há atraso na passada, contato mínimo e ele se joga", diz ele.