Governo federal ainda discute plano para combater violência no futebol
O governo federal e a CBF têm conversas para lançar uma cooperação em um plano para combater a violência no futebol. Mas o projeto emperrou dentro do governo em discussões entre o Ministério da Justiça e o do Esporte.
No final de semana, a torcedora palmeirense Gabriella Anelli foi morta por uma garrafada em conflito entre torcidas do Alviverde e do Flamengo, pouco antes da partida entre os times. Na semana anterior, o jogador Luan tinha sido agredido por organizadas corintianas. Há dois estádios interditados na Série A, Vila Belmiro e São Januário, por casos de violência durante o jogo.
A ideia era que o Ministério da Justiça assinasse um convênio com a CBF para ações contra violência. Já existe até um esboço do documento, que seria assinado há cerca de dez dias, em Brasília. A confederação cuidaria da parte desportiva e o governo de coordenar autoridades públicas.
Mas houve a necessidade de novas discussões entre o órgão da Justiça e o Ministério do Esporte. Segundo o Ministério do Esporte, há previsão de um acordo em breve.
Por enquanto, ainda não há um plano nacional traçado para apontar os principais pontos a serem atacados pelo governo. O esboço do convênio só tratava de como funcionaria a interação entre governo e a CBF.
Uma das ideias era implantar um sistema piloto usado no Maracanã para identificar torcedores que têm pendências com a Justiça. Era um cruzamento entre o CPF do torcedor e o cadastro do ministério.
Esse programa, no momento, está suspenso por necessidade de adaptar ao novo governo. Mas, enquanto esteve em prática, serviu para deter pessoas de menor potencial ofensivo, como aqueles que não pagam pensão alimentícia. Foram pegos alguns condenados por tráfico. A questão é que torcedores impedidos de ir ao estádio já usam CPFs de outras pessoas para compra de ingressos.
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