Rodrigo Mattos

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Declaração de Ancelotti se encaixa no silêncio da CBF sobre o acordo

Na retomada da temporada do Real Madrid, o técnico Carlo Ancelotti foi questionado sobre a seleção brasileira - a CBF tem um acordo para ele dirigir o time em 2024. Sua negativa de comentar o assunto se encaixa na espécie de pacto de silêncio não escrito entre as partes: confederação, técnico e clube espanhol.

"Vamos lá, resolvemos isso no primeiro dia. Nós encerramos. Eu sou o treinador do Real Madrid, não vou mais falar sobre esse assunto. Tenho contrato até 20 de junho de 2024", disse Ancelotti. Em seguida, afirmou que não era tempo para falar em renovação.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, esteve na Europa no meio do ano e conversou com o Real Madrid sobre o técnico. O dirigente da confederação já tinha um acordo para Ancelotti dirigir o Brasil no meio de 2024, mas queria antecipar sua chegada. O Real não topou.

Na conversa com o clube espanhol, ficou combinado que nenhuma das partes comentaria o futuro acordo de Ancelotti para estar com a seleção. A ideia é não tirar o foco de sua temporada no Real. Ele não participará em nada das decisões sobre a seleção neste ano, que estão nas mãos de Fernando Diniz.

Houve uma saída do script quando Ednaldo anunciou a contratação de Diniz para ser o técnico por um ano. Ele mencionou Ancelotti como futuro treinador. Porém, não houve anúncio oficial. E a CBF está determinada a não falar mais do assunto e deixa-lo esfriar.

Ancelotti não negou o acordo com a CBF, nem o confirmou. O Real também nunca negou o contrato. Nem a CBF, obviamente. O silêncio sobre o tema será o tom da temporada.

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