Conmebol vê fala de Gabigol sobre roubo similar ao caso Messi com Argentina
A diretoria da Conmebol ficou bastante incomodada com a declaração de Gabigol, do Flamengo, que classificou como "roubo" a arbitragem da partida diante do Olimpia, na eliminação da Libertadores. O caso é visto como similar ao de Messi, que fez acusações na Copa América-2019.
Não é a diretoria da Conmebol quem decide possível punição para o atacante. O caso é tratado no tribunal de disciplina da Conmebol, que funciona de forma separada da gestão da entidade.
A entidade denunciou o artilheiro no artigo 19 do Código Disciplinar. O item trata sobre manipulação de partidas ou competições, mas não está expressa a extensão da punição em casos como o do jogador rubro-negro. Essa foi a declaração de Gabigol descrita na denúncia:
"É ruim falar porque, quando perde, parece que você está chorando. Mas o juiz inverteu faltas, expulsou nosso treinador, a Conmebol é aqui do lado. São muitas coisas que acontecem na Libertadores e vocês sabem, porque estão aqui fora do campo. Faltas invertidas, falta no Wesley no 3° gol. Falar sobre isso parece que é choro. Acho que foram muitos erros nossos, mas creio eu que foi um roubo muito grande".
A Conmebol não entendeu a declaração porque não sabe a que o atacante se refere já que não aponta nada. E a visão na entidade é que essa fala afeta toda a competição que o próprio Flamengo ganhou duas vezes nos últimos anos.
Por conta desse contexto, é visto como uma declaração similar a de Messi na Copa América-2019. Na ocasião, o jogador afirmou após a derrota para o Brasil: "Brasil campeão. Eu creio que não há dúvida. Lamentavelmente, creio que está armada para o Brasil".
Para efeito de comparação, Messi, que chamou a Copa América de armada, pegou três meses de suspensão. Neste período, ele não pode jogar as eliminatórias da Copa
A fala do craque argentino gerou um conflito diplomático entre a Conmebol e a AFA. Houve até um pedido de desculpas feito por Messi.
No caso de Gabigol, o jogador e o Flamengo têm até o dia 17 de agosto para apresentar uma defesa. A punição por suspensão por meses teria pouco efeito para o jogador a depender do período, já que só volta a atuar em competições sul-americanas no próximo. Então, é preciso ver qual o critério será usado pelo tribunal.
Reportagem
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