Rodrigo Mattos

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Comissão de Ética da CBF abre procedimento para analisar caso Antony

A Comissão de Ética da CBF vai analisar a acusação de agressão contra Antony feita por sua ex-namorada para saber se abre processo contra o jogador. O código da entidade tem um artigo em que o jogador pode ser enquadrado e punido. O atacante já foi desconvocado do grupo comandado por Fernando Diniz.

Antony é investigado pela polícia em decorrência da denúncia feita por Gabriela Cavallin de que foi agredida. No entanto, detalhes do processo revelados pelo UOL na manhã de ontem (4) tornaram o caso mais grave e levaram a sua saída da seleção. O jogador negou as agressões físicas e classificou as acusações como falsas.

O código de ética da CBF vale para todas as pessoas associadas à confederação, o que inclui os jogadores convocados para a seleção. O texto prevê em seu artigo 4º, inciso 11, que todos submetidos ao código devem "agir com responsabilidade social e respeito à dignidade humana, assim como promover a proteção o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional".

Ainda segundo o documento, as penas previstas para infrações confirmadas pela entidade podem ir desde advertência e multa a suspensão e banimento do futebol.

A coluna consultou o presidente da Comissão de Ética, Carlos Renato de Azevedo Ferreira, se esse episódio poderia ser enquadrado pelo artigo. Em resposta, ele abriu um "processo administrativo ético" para analisar o caso. Foi designado como relator Alan Santos Muniz.

A medida não significa que já exista uma ação contra Antony. Isso só vai acontecer se, na análise, a comissão entender que há enquadramento no código. Esse tipo de abertura de procedimento está previsto quando há consultas sobre episódios.

O advogado Carlos Ambiel, especialista em direito esportivo, entende que a acusação de agressão pode, sim, se enquadrar tecnicamente no código. Isso porque o dispositivo é genérico e engloba praticamente qualquer coisa que é errada. Segundo ele, vai depender da abrangência da leitura da comissão da CBF.

Colaborou Igor Siqueira

Reportagem

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