Rodrigo Mattos

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Sem Argentina, CBF vê eliminatórias sem atração e pedirá mudança à Conmebol

A CBF quer discutir uma revisão ampla das eliminatórias para a Copa-2030 por conta da classificação garantida de Argentina, Paraguai e Uruguai, que vão receber jogos inaugurais. Para a entidade, há pouco interesse em disputar um torneio contra os sete países restantes no formato atual e o melhor é abrir espaço para jogos contra outros países.

A intenção do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, é ter uma conversa com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, sobre o assunto. Ele acompanhou o acordo entre a confederação sul-americana e a Europa para o Mundial-2030.

Atualmente, as eliminatórias da Copa-2026 na América do Sul têm dez países participantes para disputar 6 vagas e meia. São 18 jogos para eliminar só três times.

Agora, com as vagas de Argentina, Paraguai e Uruguai, não se sabe como ficarão as eliminatórias. Uma possibilidade seria manter as vagas da América do Sul, o que deixaria seis vagas e meia para sete países. Nesse caso, o torneio não faria o mínimo sentido.

Outra possibilidade seria que a América do Sul passasse a ter três vagas e meia para sete países. Nesse caso, a CBF entende que o torneio seria pouco atrativo.

Esportivamente, o Brasil deixaria de enfrentar seu adversário mais forte, a Argentina, e um dos mais tradicionais, o Uruguai. Sob o ponto de vista econômico, também não haveria grande valor nos jogos.

Ou seja, a CBF não pretende aceitar disputar um torneio nesse formato e ser prejudicada. As soluções possíveis são reduzir drasticamente o torneio e abrir espaço para disputa de jogos com europeus, mais atrativos. Até a extinção das eliminatórias, no caso de seis vagas e meia para o continente, é um pensamento da confederação.

Reportagem

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