Rodrigo Mattos

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Flamengo supera receita de R$ 1 bilhão em nove meses mesmo sem títulos

O Flamengo atingiu R$ 1,060 bilhão em receitas em nove meses de 2023. Isso ocorreu mesmo com o clube não conquistando os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil como no ano passado. O crescimento da arrecadação foi de 27% em relação ao mesmo período de 2022 graças marketing, rendas em dias de jogos e vendas de jogadores.

Os dados constam do balancete trimestral rubro-negro até setembro de 2023. Os números indicam que o clube vai superar a arrecadação do ano passado - R$ 1,177 bilhão - que já era recorde entre agremiações de clubes brasileiros.

Desta vez, não contará para isso com os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil como 2022. O clube, na realidade, teve uma queda da receita com participações, exposição e premiações, item incluído em direitos de transmissão.

E como o Flamengo aumentou sua receita com um desempenho esportivo inferior?

Houve um crescimento significativo na arrecadação do match day (dia do jogo). Só em bilheteria o clube teve um salto de R$ 74 milhões para R$ 100 milhões no mesmo período.

Lembremos que o Flamengo aumentou bastante os preços dos ingressos da final da Copa do Brasil diante do São Paulo. A bilheteria na competição toda chegou a R$ 32 milhões, enquanto foi de R$ 13,5 milhões no ano passado. Houve crescimento ainda no Carioca, o que compensou perdas na Libertadores, com o clube eliminado nas oitavas-de-final.

O programa de sócio-torcedor atingiu a marca de R$ 70 milhões em receitas, um salto de R$ 21 milhões em relação a 2022. Renda com o Maracanã - o clube é o gestor do estádio com o Fluminense - também teve um aumento de R$ 12 milhões sobre o ano passado.

A venda de jogadores teve um crescimento na janela de transferência do início e meio do ano. O clube obteve R$ 282 milhões com negociações de atletas, mais do que o dobro dos R$ 121 milhões do ano passado.

E um terceiro item foi o crescimento das receitas comerciais. Neste caso, o número ficou em R$ 242 milhões, um aumento de R$ 13 milhões em relação ao no passado. A receita com publicidade atingiu R$ 161 milhões, enquanto houve queda do licenciamento para R$ 80 milhões (isso se explica pela redução do contrato com a empresa Socios).

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Assim como aumentou a receita, cresceu também a despesa. No total, o custo do clube subiu para R$ 721 milhões, contra R$ 584 milhões no mesmo período de 2022. Houve principalmente crescimento com folha salarial e direito de imagem que geraram impacto.

Mas, no geral, o superávit do clube teve um crescimento e atingiu R$ 268 milhões, mais do que o dobro do ano passado. Por isso, a posição financeira do Flamengo continua sólida com quase R$ 200 milhões em caixa.

Reportagem

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