Rodrigo Mattos

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Derrocada do Botafogo mistura crueldade com elementos bizarros

Quanto estava invicto no Nilton Santos, só com vitórias acumuladas, o Botafogo perdeu seu primeiro jogo para o rival Flamengo. Ao final da partida, seu recém-contratado técnico Bruno Lage colocou o cargo à disposição em uma cena teatral.

O time ainda era líder, com folgas, mas esse era só um da série de acontecimentos bizarros que iriam atormentar o time alvinegro.

Diante do Athletico-PR, o time vencia a partida, parecia ensaiar uma recuperação? O time paranaense empatou e faltou luz no estádio. Até hoje não se sabe a causa exata, que parece ser falha do próprio clube, mas o time teve de jogar sem torcida e o jogo terminou empatado.

Contra o Palmeiras, o garoto Endrick achou que a torcida botafoguense era soberba ao gritar campeão - o grito era direcionado a um remador do clube vencedor no Pan. O Botafogo abriu 3x0, teve um expulso, perdeu um pênalti e tomou a virada no final do jogo.

Luiz Suárez não jogaria contra o Botafogo porque se recusa a atuar em campo sintético. Por conta de um show de uma banda adolescente, a partida teve de ser jogada em São Januário. O time alvinegro chegou a abrir 3x1, Suárez fez três gols e virou a partida.

O time tomou empates nos finais dos jogos contra o Red Bull, Santos e, enfim, Coritiba.

No Couto Pereira vazio, o Botafogo conseguiu um pênalti já nos acréscimos, Tiquinho Soares bateu e fez. Ao lado do campo, Adryelson estava de costas e de joelho. O árbitro prolongou um pouco mais a partida e foi o tempo de Edu empatar? no setor de Adryelson.

Certamente há explicações táticas e técnicas para a queda do time alvinegro no Brasileiro. Seu primeiro turno - o melhor da história dos pontos corridos - estava acima do desempenho do time. Seu segundo turno - cuja pontuação é de rebaixado - está abaixo do que a equipe jogou nesta metade do campeonato. Há fatores psicológicos, táticos e técnicos para explicar a discrepância.

Mas essa sequência de fatos inusitados não se explica só na lógica. O roteiro que se desenhou para o Botafogo é de uma crueldade inédita no Brasileiro tal a quantidade de fatos improváveis.

Opinião

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2 comentários

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Andre Luiz Bianchi Arantes

Botafoguear = transitivo direto e intransitivo e pronominal. -  Ato de falhar no momento mais importante. Expressão utilizada quando um indivíduo alcança um sucesso inicial em qualquer atividade e no final, não consegue seu objetivo; 1 Acovardar-se diante de uma situação perigosa ou difícil: O jogador intimidou-se com a marcação do adversário e amarelou. 2 V amarelecer . 

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Paulo Celso Resende Rangel

O que precisa se entender é que se trata de futebol e no futebol tudo ou quase tudo pode acontecer. Até mesmo um time mediano, como o do Botafogo, com jogadores medianos, ter um desempenho extraordinário no 1º Turno do Brasileirão deste ano. Sem nenhum sarcasmo ou deboche, o que se viu no 2º Turno foi a normalidade voltar a imperar e o Palmeiras, mesmo com um time inferior ao dos recentes cinco anos passados, mas com a estrela do já ex-palmeirense Endrick, voltar a ser campeão. Lembrando o comediante mexicano, meio "sem querer, querendo". E isso acontece até mesmo na Premier League, com o Arsenal, na temporada passada, abrindo considerável diferença do City e, no final, prevalecendo o próprio City!!! E, na atual temporada, de novo, o Arsenal está ensaiando voltar a ser campeão, mas não será surpresa se tudo acontecer de novo e o City voltar a vencer a Premier League 

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