Por ironia o gol que rebaixa Santos pela 1ª vez salva Vasco da 5ª queda
A rodada final do Brasileiro teve seis alterações na zona do rebaixamento. Torcedores de Vasco, Bahia e Santos tiveram de viver a tensão por um tempo que se prolongou muito além dos 90min. Houve a espera para que o início dos jogos fosse simultâneo, os acréscimos e a sensação de que isso durava ainda mais.
Antes da rodada, o Bahia estava na zona de rebaixamento com uma tarefa difícil diante do Atlético-MG, melhor time do segundo turno.
Mas, logo aos 11min, o gol de Cauly jogava o Vasco no Z4. Não durou muito tempo pois o Vasco jogava melhor do que o Red Bull e conseguiu o seu gol, aos 29min, no chute de fora de Paulinho. Era a vez de o Santos ficar na zona de degola.
Como nada ocorria de positivo para o time na Vila Belmiro, restava festejar o gol de Paulinho, do Atlético-MG, aos 35min. O Bahia voltava para a zona da Segundona.
Logo na sequência, Marinho abria o placar na Vila para o Fortaleza. Cada vez mais o time santista dependia dos seus rivais. E o Bahia fez mais um gol já nos acréscimos do 1º tempo: vencia o Galo. O Santos foi para o intervalo, de novo, no Z4.
Os jogos reiniciaram ao mesmo tempo. Léo Ortiz, do Red Bull, meteu a bola para dentro do gol do Vasco, aos 19min. A partida estava empatada. Na Vila, Messias empatou para o Santos. Era o Vasco quem ia para a zona de rebaixamento, tensão em São Januário, choro, agonia.
A expulsão de Léo Realpe - em lance similar ao do botafoguense Adryelson contra o Palmeiras - dava esperança ao Vasco. O time passou a pressionar o Red Bull. Em um cruzamento da direita, aos 37min do 2º tempo, Serginho fazia o gol salvador de cabeça.
Na sexta alteração na zona da degola, o Santos estava no Z4. Faltava força na Vila Belmiro ao time santista. Força que sobrou a Lucero para pegar um já desesperado João Paulo adiantado para fazer o gol derradeiro. Era um último toque cruel.
Mas o gol que mudou a história foi o do Vasco. Salvou o time do 5º rebaixamento ao mesmo tempo em que determinava a inédita queda do Santos. A agonia de um virava alívio, a de outro se transformava em tristeza inescapável.
Opinião
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