Rodrigo Mattos

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Demora de troca de gramado do Allianz Parque tem guerra de versões

Em 3 de dezembro, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, disse que o gramado do Allianz Parque precisava ser trocado urgentemente, após o jogo com o Fluminense. Em 28 de janeiro, ele repetiu sua afirmação pela necessidade da mudança depois de novos problemas no clássico com o Santos. Agora, o material composto (termoplástico) do campo sintético será trocado após decisão da WTorre.

Há uma disputa de versões entre Palmeiras e WTorre, administradora do estádio palmeirense, para a demora na troca.

Na visão da empreiteira, não houve nenhum pedido formal de troca do gramado por parte do clube. Nem houve indicação técnica por parte da empresa Soccer Grass, que faz a manutenção do campo, de que era preciso renovar o campo sintético. E a grama estava dentro da garantia de tempo, que dura oito anos.

Neste domingo, a Soccer Grass soltou uma nota em que reconhece danos ao gramado. Explica que o calor intenso no mês de janeiro e também a poluição prejudicaram o campo sintético. Agora, para a WTorre, há justificativa para a troca do gramado.

No Palmeiras, no entanto, a versão é diferente. A diretoria do clube defende que o clube avisou diretamente a Soccer Grass sobre a necessidade da troca de gramado após as reclamações de Abel Ferreira. E entende que há uma relação direta com a empresa.

E também houve conversas informais com a WTorre, na visão palmeirense. Não há certeza no Palmeiras sobre quais os motivos para não ter havido a troca. Mas aponta-se que o custo é alto — que seria bancado pela WTorre — e havia outros eventos durante o período sem jogos, como shows e carnavais.

O gramado teoricamente está dentro da garantia de oito anos e seria revisado pela Fifa apenas em março.

O técnico Abel Ferreira, em entrevista após o jogo com o Santos, disse que acredita que o número alto de jogos do calendário brasileiro e outros eventos no estádio são responsáveis contribuíram para a deterioração mais rápida. Para ele, com essas condições o o campo tem que ser trocado em três anos ou, no máximo três anos e meio.

Reportagem

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