Por Globo, Libra recusou ofertas de investidor da Liga Forte e de Mubadala
Em reunião na quarta-feira, os clubes da Libra analisaram três propostas de compra de seus direitos de TV do Brasileiro de 2025 a 2029. Havia ofertas do investidor da Liga Forte Futebol, Carlos Gamboa, do fundo árabe Mubadala e da Globo. A opção foi por avançar na negociação com a emissora carioca.
A Libra é composta pelo times da Série A: Corinthians, Flamengo, São Paulo, Palmeiras, Vitória, Bahia, Atlético-MG, Grêmio e Red Bull Bragantino, além do Santos.
As negociações da Libra com Globo e com o Mubadala vêm ocorrendo há meses e preveem modelos diferentes. Já o investidor da LFF passou a se aproximar do grupo no final do ano passado após adquirir 20% dos direitos do grupo de 11 times da Série A, entre eles Internacional, Fluminense e Athletico.
A Liga Forte Futebol tinha feito uma proposta de unificação com a Libra, que foi rejeitada por não ter garantias. Na terça-feira, os investidores da LFF - Carlos Gamboa, a Live Mode e o fundo GA - fizeram uma última tentativa: apresentaram aos consultores da Libra uma proposta para garantir aos clubes da associação um valor mínimo garantido.
Durante a reunião de quarta-feira, da Libra, foram apresentadas as três propostas em reunião que havia os nove times da Série A da Libra, e o Santos. A proposta da Globo era de um fixo de R$ 1,3 bilhão, mais variáveis de pay-per-view, em oferta já documentada.
Já a proposta dos investidores da LFF tinha uma garantia mínima de ganho aos clubes da Libra exatamente igual ao da Globo, isto é, de R$ 1,3 bilhão. E previa um aumento de ganhos do investidor conforme houvesse mais dinheiro na mesa além desse valor.
Já o Mubadala fez uma proposta de mínimo garantido com um modelo diferente e um valor maior do que o da Globo e da LFF. Seria criada uma agência para administrar todos os direitos dos clubes que seria dividida entre times e fundo. Essa agência administraria os direitos dos clubes por 25 anos, e o fundo ficaria com um percentual. Esse percentual seria bem menor do que os negociados anteriormente, de 12,5% e 20%.
A proposta do Mubadala não era excludente de seguir com a negociação com a Globo. Seria complementar, pois também envolveria o acordo com a emissora.
Houve clubes da Libra que não viram consistência na proposta do investidor da LFF. Entenderam não haver certeza de que o cheque era real. Além disso, houve um debate sobre porque aceitariam um valor igual ao da Globo sendo que a emissora já é uma parceira de confiança. E, para completar, houve uma discussão sobre a TV dar maior retorno aos patrocinadores.
A proposta do Mubadala foi considera boa financeiramente - garantiria R$ 740 milhões em pouco tempo aos clubes. Mas a maioria dos times preferiu não se prender a um contrato de 25 anos.
Todos os clubes assinaram os termos de continuidade das negociações com a Globo, embora tenha havido debates no meio na reunião.
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