Vaias a Pedro são reação bizarra da torcida do Flamengo
Eram 22min do segundo tempo, o Flamengo fazia sua melhor partida no ano diante do Boavista, e Tite fazia sua substituição habitual de Pedro por Gabigol. A saída do camisa 9 foi marcada por vaias da torcida, enquanto rubro-negros festejavam a entrada de Gabriel.
Pedro, é um fato, teve uma noite infeliz. Perdera um pênalti um pouco antes de sua saída, desperdiçara pelo menos outras quatro chances claras de gol. Estava em um jogo abaixo de suas qualidades justamente quando o restante do time lhe proporcionava chances de se consagrar.
Mas há um contexto, em relação a ele e ao Flamengo. Pedro não é um qualquer dentro do clube, nem no histórico, nem na temporada.
Em 2024, fez oito gols em oito jogos, incluindo amistosos. Desde sua chegada ao clube, tem entregado uma média de 30 a 40 gols por ano, mesmo com períodos na reserva. Foi protagonista do último título da Libertadores rubro-negro como artilheiro da equipe.
O confronto diante do Boavista tem pouquíssimo valor competitivo. O Carioca é uma espécie de pre-temporada, e o Flamengo já está praticamente classificado para as semifinais. Além disso, o time, repita-se, fazia seu melhor jogo em 2024.
Fica muito difícil entender os apupos a qualquer jogador ou técnico em uma contexto desse. Dá para classificar a reação como bizarra.
Por sorte para o time, Pedro se encaixa no perfil de jogador que não reclama e foi político. Ao final do jogo, afirmou que a pressão no Flamengo sempre existiu. E evitou polêmicas com Gabigol. "Criaram essa rivalidade, mas a gente sempre se deu muito bem dentro e fora de campo."
As razões para o torcedor agir assim podem ter ligação com o banco para Gabigol (reserva justa neste momento). Ou podem ser fruto de um ambiente de cobrança exagerada da torcida rubro-negra por conta da falta de título da temporada passada. Certo é que, para o Flamengo, não há nada de produtivo em apupar um dos seus principais jogadores a troco de nada.
Deixe seu comentário