CBF vai criar regra para punir atentado a delegações longe do estádio
A CBF vai endurecer a regra de seus campeonatos com o objetivo de punir atentados violentos contra delegações longe dos estádios. O formato ainda não está definido. O Fortaleza, atingido por ataque da torcida do Sport, sugeriu que seja adotado o padrão da Libertadores em que o mandante é responsável pela segurança do visitante na cidade.
A discussão ganhou volume por conta do atentado da torcida do Sport contra o ônibus da delegação do Fortaleza. Bombas, pedras e paus causaram ferimentos em jogadores em um ataque a cerca de 6km de distância da Arena Pernambuco.
"CBF tem tratado tudo que é crime no futebol de forma incisiva. A CBF va colocar no Regulamento Geral de Competições cláusulas que sejam bem contundentes com relação a esse tipo de violência, assim como fizemos penas muito forte em relação ao racismo", disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.
O Regulamento Geral de Competições de 2024 ainda não foi publicado. Segundo Rodrigues, o departamento jurídico da CBF está estudando o que pode ser estabelecido como pena em conversas com autoridades públicas e com o STJD.
"Não deve ter fronteira. A delegação tem de chegar a salvo no estádio por conta desse tipo de terrorismo, tem que haver mais punições", contou Rodrigues.
O Sport foi punido pelo STJD com jogos por portões fechados, mas foi uma decisão inédita. Normalmente, pela leitura do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva) no tribunal, o clube só responde por atos de sua torcida no estádio.
O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, contou que sugeriu à CBF adotar o mesmo padrão da Libertadores:
"Jogamos com estádio fechado contra o Colo-Colo por atos de sua torcida contra o River longe do estádio".
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