Flamengo discute preço de terreno com Caixa e projeta estádio para 75 mil
Após apresentar um projeto, o Flamengo está em meio a uma discussão com a Caixa Econômica Federal sobre o valor do terreno para construção do seu estádio. A intenção é usar a área do antigo Gasômetro - no Centro do rio de Janeiro - para a construção de uma arena com previsão de capacidade de 75 mil pessoas.
O primeiro passo dado foi a apresentação do projeto feita pelo clube à Caixa. Isso ocorreu em uma reunião entre o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da Caixa, Carlos Vieira. O terreno pertence ao Fundo Imobiliário Porto Maravilha, que é administrado pela Caixa.
No encontro, já houve uma discussão sobre o preço do terreno. O Flamengo informou que toparia pagar o mesmo preço, proporcionalmente, da Prefeitura do Rio.
O município desapropriou uma parte do terreno para fazer o Terminal Gentileza. O fundo questionou o preço oferecido e pediu 40% mais, o que foi dado pela Justiça. Landim disse que aceitaria pagar o mesmo valor por metro quadrado.
Executivos da Caixa, no entanto, informaram ter havido uma valorização do fundo Porto Maravilha. De fato, nos registros do fundo, esse valia na casa de R$ 730 milhões até o final de 2023. Era resultado de uma longa desvalorização desde 2011, quando foram aportados R$ 3,5 bilhões no fundo.
A partir de 2024, houve uma reavaliação e o valor passou para R$ 5 bilhões. Para a Caixa, isso impacta no valor do terreno.
O clube contratou uma equipe que trabalhou no Porto Maravilha pela expertise para poder adaptar o projeto do clube. Já há uma ideia de como seria o estádio se for possível concluir a compra.
Pelo espaço disponível, a diretoria rubro-negra entende, hoje, que o estádio poderia ter uma capacidade para 75 mil pessoas. Não é uma ideia fechada, mas é o número atual. O clube abandonou a ideia inicial de um estádio de 100 mil.
Para convencer a Caixa, o Flamengo mostrou casos de outros estádios do mundo, como Wembley. O argumento é de que houve valorização geral da área em volta após a construção da arena. Ou seja, como fundos da Caixa detém a gestão de outros terrenos, seriam favorecidos pela nova arena.
Após a reunião com a Caixa, ficou combinado que o Flamengo formalizaria a proposta ao colocar tudo no papel para análise do banco.
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