Por que jogadores acusados por Textor não serão investigados no STJD
O dono do Botafogo, John Textor, esteve com auditores e a cúpula do STJD para falar sobre os processos que responde por denúncias de supostas manipulações de jogos do Brasileiro da Série A. O dirigente pediu e conseguiu o adiamento da primeira ação em que é acusado por ofensas a clubes e cartolas.
Durante os encontros, o empresário norte-americano apresentou nomes de jogadores supostamente envolvidos em manipulação de jogos, segundo fontes do STJD. Usou como base vídeos e mais detalhes do relatório da "Good Game!". O documento aponta suposta armação nos jogos São Paulo x Palmeiras (2023) e Palmeiras x Fortaleza (2022).
Pessoas ligadas a Textor, no entanto, dizem que ele não apresentou dados completos do relatório de manipulação feito pela empresa. Essas fontes próximas ao empresário norte-americano dizem que ele apenas mostrou duas ou três páginas do documento de um total de 190 páginas do relatório.
O que foi mostrado ou falado por Textor não vão gerar nem investigações novas, nem processo no STJD. Explica-se: 1) Ele não entregou os nomes e os vídeos oficialmente, e sim, em caráter informal; 2) A análise dos dados feita por auditores é de que seriam relatórios detalhados, mas que não provam manipulação. A primeira denúncia dele já tinha sido arquivada.
Na versão de fonte próxima a Textor, nenhum auditor pode ter certeza sobre a credibilidade do relatório por não ter tido acesso plenamente ao documento.
Dentro do STJD, a informação é de que o empresário norte-americano apresentou os nomes de jogadores do São Paulo e Fortaleza supostamente envolvidos nas manipulações de jogos. Textor também mostrou vídeos com análise dos comportamentos, comparando com outras situações. Havia uma série de dados, mas não apresentou nenhuma evidência adicional que provasse o envolvimento dos atletas.
Os auditores do STJD consideraram os vídeos e a explicações de Textor como base sustentáveis em um sistema bem feito de análise do comportamento dos atletas, mas entendem que são insuficientes como prova de manipulação. Para isso, a turma do tribunal entende que seria necessárias mais investigações.
Só que o STJD, como órgão privado, não tem como fazer investigações com grampos ou elementos criminais. Isso só poderia ser executado por uma CPI ou pela polícia com autorização judicial. Como Textor pediu confidencialidade dos dados, ficou como uma apresentação informal.
Mesmo no caso de investigação criminal, os relatórios poderiam servir como complemento, não elemento principal, na visão de membros do STJD.
A tendência é que o norte-americano enfrente o seu primeiro julgamento - pelas ofensas - na próxima semana.
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