Rodrigo Mattos

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Corinthians tem como alternativa para crise a recuperação judicial

A crise financeira do Corinthians está exposta em seu balanço de 2023 e na dificuldade de se manter as contas em dia. Diante desse cenário, a consultoria EY, que auxilia o clube em sua reestruturação, sugeriu como opção uma recuperação judicial.

A informação foi publicada primeiro pelo jornalista Jorge Nicola e confirmada pelo blog.

A recuperação judicial é uma medida extrema usada por empresas para tentar reestruturar as dívidas cíveis e trabalhistas. As SAFs de Cruzeiro e Botafogo já adotaram essa medida. É possível para clubes associativos também usar do experiente.

A dívida bruta do Corinthians está em R$ 1,96 bilhão ao final de 2023, pelo último balanço. O débito líquido gira em torno de R$ 1,5 bilhão. Ambos os valores incluem o passivo relacionado à construção da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal.

Desse total de débito, há dívidas com fornecedores, direitos de imagem de atletas e provisões para contingências que poderiam ser incluídas em uma recuperação judicial. No total, esses valores somam em torno de R$ 400 milhões.

Na recuperação judicial, o clube teria de propor um plano de pagamento para os credores. Em geral, são propostos descontos generosos no valor total das dívidas. Mas o plano só é aprovado se uma maioria dos credores aprovar a ideia.

Por enquanto, a recuperação judicial é uma alternativa apresentada pela EY. O clube ainda não tomou uma decisão sobre o assunto. O blog apurou que o relatório da empresa ainda não está concluído com todo levantamento de dados sobre a crise alvinegra.

Além da RJ, a EY também propôs a contratação de CEO para o Corinthians, o que já foi feito em outros clubes como Flamengo, Grêmio e Athletico, que têm administração mais profissional.

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