Rodrigo Mattos

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Flamengo de Tite esquece pragmatismo e pressiona até o fim por 6 x 1

Uma das críticas mais frequentes feitas a Tite como treinador - e também em seu trabalho no Flamengo - era que seus times se acomodavam quando abriam vantagem. Não foi o que se viu na goleada história diante do Vasco. A equipe rubro-negra pressionou até o fim para construir o placar.

O números finais do jogo são avassaladores: o Flamengo terminou com 30 conclusões a gol e uma posse de bola de quase 80%. Dá para dizer que o time rubro-negro não permitiu ao rival jogar.

O único respiro vascaíno foi nos 10 minutos iniciais, com alguma presença no ataque, e o gol de Vegetti de voleio.

A partir daí, o Flamengo imprimiu uma pressão no campo vascaíno, girando a bola e a retomando rápido quando a perdia. Essa é uma caraterística dos times de Tite quando bem azeitados. Na Copa, em que teve um grande desempenho, a seleção era a que recuperava com maior velocidade a bola.

Cebolinha teve participação nos três primeiros gols, primeiro com um chute de fora da área e depois com assistência para Pedro. Foi ainda um escanteio batido por ele que achou David Luiz, livre na área pela desatenção vascaína, para fazer belo gol de primeira.

A marcação pressão gerou uma roubada de bola de De La Cruz que levou João Victor a derruba-lo com uma solada no tornozelo. O árbitro Bráulio Machado precisou do VAR para a óbvia expulsão.

Com um a mais, e dois gols de vantagem, era previsível que o Flamengo adotasse o modo pragmático e conduzisse o jogo até o final. Mas, neste domingo, o roteiro foi diferente. Para completar, o estreante técnico Álvaro Pacheco decidiu tentar reverter o placar em vez de se precaver contra mais gols.

Arrascaeta, que esteve mal nos últimos jogos, reviveu contra o Vasco, time contra o qual costuma jogar bem. Recebeu o passe de Pedro para fazer o quarto gol. E um drible de cinema lhe abriu o caminho para servir para Bruno Henrique para o quinto gol.

Já era a vingança pelo 5x1 do Vasco da páscoa, de mais de 20 anos atrás. Tite botou sangue novo no time com as entradas com as entradas de Luiz Araújo, Wesley e Gabigol. Foi justamente o trio que finalizou a goleada com um passe de calcanhar do primeiro, um cruzamento do segundo e o toque do centroavante para o sexto tento. O gol foi aos 43min do segundo tempo.

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Até as reações de Tite no banco mostraram quanto ele estava ligado até o final no ataque rubro-negro, e não administrando o resultado. Esse tipo de atitude pode vir a ser um ponto de virada na relação do treinador com a torcida. O seu Flamengo vem entregando boa organização tática, resultados, mas faltava talvez algo para incendiar essa sua passagem no clube. Não falta mais.

Opinião

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