Como a bilheteria explica os campos reduzidos da Copa América
A primeira rodada da Copa América chamou a atenção pelos campos com medidas reduzidas: 100m x 64m. São cinco metros a menos no comprimento, e outros quatro metros a menos na largura. A explicação para essa realidade tem um fundo econômico.
Primeiro, a Copa América é sediada nos EUA por um acordo entre Conmebol e Concacaf. Para a confederação sul-americana, o maior atrativo é atingir um mercado novo e aumentar a receita.
A estimativa é de que a renda da Copa América ultrapasse US$ 600 milhões, ao menos triplicando a média anterior.
Para isso, a principal fonte de receita é a bilheteria. A estimativa é de que a receita com a venda de ingressos representa mais de 40% do total. Antes da Copa América, o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, festejava que já foram vendidos 1 milhão de bilhetes. De fato, as estreias de seleções como Brasil, Argentina e Colômbia tiveram casa cheia.
Para ter públicos altos, era necessário usar estádios da NFL, que são maiores. Do total das arenas escolhidas, são 11 de times de futebol americano do total de 14. A MLS, liga de futebol dos EUA, tem estádios menores e não parou durante a Copa América.
Os estádios da Copa América têm, portanto, menos espaço para os gramados já que os campos de futebol americano são mais estreitos, em torno de 50 metros de largura. Não havia tempo, nem conveniência para fazer adaptações nos estádios. Isso porque as arenas foram escolhidas em 2023 e têm agenda intensa, inclusive durante a Copa América, com shows.
Assim, a solução foi aceitar a redução dos campos. Com mais tempo com os estádios, a Fifa terá os gramados dos tamanhos habituais, 105x68, na Copa de 2026.
Reportagem
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