Flamengo levará a Conselho plano financeiro do estádio do Gasômetro
A diretoria do Flamengo levará ao Conselho Deliberativo o pedido de autorização a participar do leilão para compra do terreno do Gasômetro para construir seu estádio. Há apoio das principais correntes ao projeto. Mas também há dúvidas sobre detalhes financeiros.
Por isso, a diretoria rubro-negra pretende apresentar o seu plano de viabilidade financeira da construção do estádio no Conselho. Já existe um estudo pronto sobre o assunto.
A Prefeitura do Rio de Janeiro desapropriou o terreno do Gasômetro, no Centro, nesta segunda-feira, como prometera o prefeito Eduardo Paes. O imóvel pertencia a um fundo imobiliário gerido pela Caixa Econômica Federal. Agora, irá a leilão com condicionantes como a construção de um estádio.
A ideia rubro-negra é construir uma arena entre 75 mil e 80 mil lugares. A estimativa é de que pode custar entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões por conta do cálculo por lugar e o valor do terreno. A área deve aparecer no leilão de licitação com preço entre R$ 140 milhões e R$ 180 milhões.
Para comprar o terreno, a diretoria do Flamengo precisa de autorização do Conselho. Entre os conselheiros, há apoio quase unânime à construção, mas são levantadas questões. Mas o clube não poderá informar o valor do seu lance pelo sigilo.
Entre as principais dúvidas: 1) preocupação sobre a forma de financiar o estádio 2) limitações que a Prefeitura do Rio pode impor ao terreno, como construção de capacidade restrita abaixo dos 80 mil 3) Viabilidade do terreno por conta de questões como solo afetado por água e descontaminação (terreno industrial) 4) Custos dos estádio 5) evitar perda de soberania do clube (contra SAF)
A diretoria contratou uma consultoria externa que avaliou o terreno e as condições para construção. O resultado apontado foi de que o projeto é viável e vantajoso. O terreno do Gasômetro é visto como um dos últimos do centro disponíveis para um empreendimento desta escala. O projeto é visto como avançado.
Além disso, o projeto financeiro também está desenhado. Receitas como pontencial construtivo da Gávea (a ser aprovado via lei municipal), naming rights, venda de cadeiras são vistos como essenciais para financiar a obra.
Para compra do terreno, o Flamengo tem cerca de R$ 130 milhões em caixa e conta com a venda de apartamentos na Zona Sul, que devem render mais de R$ 100 milhões. Linhas de financiamento com o BRB, parceiro do clube, também estão em cogitação.
A reunião de conselho deve ser marcado quando for estabelecido o edital de licitação do terreno. A Prefeitura do Rio não deu prazo, mas há expectativa de que seja breve.
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