Rodrigo Mattos

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Dorival vê evolução sobre gestão de Diniz, mas perde de Tite em desempenho

Ao falar sobre seu desempenho na Copa América, o técnico da seleção, Dorival Jr. usou como parâmetro a gestão anterior de Fernando Diniz para justificar uma evolução. De fato, seu desempenho é melhor. O que não disse é que seu período como treinador é inferior ao antecessor de Diniz, Tite (Ramon dirigiu a seleção interinamente antes da chegada de Diniz).

Em entrevista à ESPN, Dorival Jr. alegou que estagnou um processo de derrotas. E ressaltou que não se deve queimar etapas. Apostou que, no futuro, os críticos vão engolir uma conquista.

"Esse momento é muito difícil, porém revertemos um quadro que vinha acontecendo com a seleção, de algumas derrotas consecutivas; tivemos jogos disputados, as equipes sentiram o peso da seleção e, daqui a pouco, com mais organização, equilíbrio, entrosamento, entre os componentes desse grupo, ou modificados em outras situações, podem nos dar outro resultado", disse ele à ESPN. Não houve citação a Diniz, o técnico ressaltou que não queria apontar culpados.

Dorival Jr acumula 66,7% dos pontos nos jogos com a seleção. São três vitórias e cinco empates. Ele tem exaltado o fato de estar invicto. É preciso lembrar que o treinador teve quase um mês junto de treino com a seleção ao contrário de Fernando Diniz.

Diniz conseguiu 39% dos pontos nos seis jogos das Eliminatórias. Foram duas vitórias, um empate e três derrotas.

Anteriormente, em sua passagem pela seleção, Tite teve 80% dos pontos obtidos com a seleção. Na Copa América, o treinador classificou o time para a final em duas edições (2019 e 2021). Conseguiu um título no primeiro campeonato, e perdeu o seguinte para a Argentina.

Além disso, o início de Tite, que não teve uma Copa América logo de cara, foi avassalador nas Eliminatórias com vitórias seguidas desde a estreia no comando do time.

Pelo menos por desempenho, Dorival pode ter sido uma evolução em relação a Diniz, mas está longe do desempenho de Tite. E lembremos que o trabalho de Tite foi insuficiente para chegar à taça em duas Copa do Mundo, ambas com derrotas nas quartas-de-final.

Reportagem

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