Clubes e investidor da Liga Forte negociam redução de acordo de TV
Os clubes da Liga Forte União e os investidores do grupo negociam uma revisão do acordo para venda de uma fatia dos direitos de TV do Brasileiro. O novo acordo reduziria dos atuais 20% nas mãos dos investidores para um percentual entre 10% e 12%. Há boas chances de essa mudança ser aprovada.
Há dois fatores nessa renegociação: 1) Um pedido de clubes da Série A da Liga Forte que viam possibilidade de desequilíbrio com times da Libra 2) Há atraso no pagamento de parcela dos investidores para equipes da Série B do grupo.
A Liga Forte União é um grupo de clubes composto por Corinthians, Inter, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Fortaleza, Athletico-PR, Juventude, Criciúma, Atlético-GO e Cuiabá, entre os times da Série A.
No ano passado, as equipes fecharam um acordo para venda de 20% dos direitos de televisão do Brasileiro por 50 anos - com exceção do Corinthians, que não repassou nada e entrou depois.
Os investidores pagaram entre 10% e 12% pelos direitos no final do ano passado para os clubes da Série A: Inter, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro, Fortaleza e Athletico-PR. Ou seja, essas equipes receberam valores entre R$ 60 milhões e R$ 109 milhões.
Entre os times da Série A, os próprios clubes fizeram uma proposta de redução do percentual depois que o acordo com a Libra para a fundação de uma liga única não deu certo. A tese dos times é de que, sem os clubes da Libra vendendo fatia de seus direitos, receberiam menos durante as temporadas.
Assim, haveria uma perda de competitividade a longo prazo em relação aos clubes da Libra. Além disso, a venda de um percentual muito alto tornaria desigual uma negociação para uma futura liga entre os dois grupos.
Por isso, foi feito um pedido de redução da venda dos direitos. A tendência é que os investidores da Liga Forte União aceitem essa proposta. Um acordo deve estar próximo. Falta acertar a diferença porque quem vendeu 12% - caso dos clubes que incluíram placas - teria de devolver 2% ou ficar nesse percentual. Quem vendeu só 10% foram Botafogo e Cruzeiro, que venderam placas para a Brax.
Quem estava na Série B recebeu apenas 5%. Os investidores alegaram conflitos contratuais por conta de um acordo com a Brax para o Brasileiro da Segundona. A versão é de que um contrato de preferência afetaria os direitos dos investidores.
O contrato entre CBF e Brax pela Série B, no entanto, foi rescindido com quitação entre as partes. Foi feito um novo contrato. A versão entre envolvidos nesse acordo é que não causa nenhum impeditivo para a relação de investidores e clubes da Liga Forte.
Esses clubes cobraram os investidores. E foi feito um novo acordo para pagamento de cerca de R$ 100 milhões para esses clubes. Agora, a proposta é que, com a quitação desse valor, cada time só venda 10% dos direitos e não receba o restante.
Os pagamentos dos investidores para os clubes das Séries A e B ocorreria em outubro de 2024 e no primeiro semestre de 2025. Se houver um acordo antes disso, não haverá mais pagamento.
Além disso, a negociação dos direitos continuaria nas mãos da Live Mode, empresa indicada pelos investidores e por clubes da Liga Forte União, para negociar os direitos de televisão do Brasileiro.
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