Rodrigo Mattos

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ReportagemEsporte

Caso policial influencia análise do governo sobre aval a Esportes da Sorte

A investigação policial em torno da Esportes da Sorte ocorre em meio ao processo de aprovação para que as casas de apostas possam operar legalmente no Brasil. O Ministério da Fazenda vai levar em conta o caso policial para decidir sobre o registro da empresa para operar no Brasil.

Sem essa autorização, a Esportes da Sorte estará impedida de patrocinar clubes de futebol. Atualmente, a empresa investe em Corinthians, Palmeiras (feminino), Bahia e Athletico-PR, entre outros.

O processo no Ministério da Fazenda começou com pedidos de autorização feitos pelas Bets. A análise dessas empresas deve terminar até o fim do ano. Pelo cronograma, as casas terão de operar legalmente no Brasil a partir de 2025.

A Esportes da Sorte tenta a homologação por meio da Esportes Gaming Brasil LTDA, com sede em Recife. Antes, a Bet tentou a autorização por meio de outra empresa, a HSF (Sports Entreterimento), que fez a solicitação inicial e está no meio da investigação da polícia.

A polícia civil de Pernambuco encontrou indícios de lavagem de dinheiro na operação da empresa e em movimentações de Darwin Henrique Santos Filho, CEO da Esportes da Sorte. Ele se entregou e está preso no momento.

Há suspeita de envolvimento do dinheiro do jogo do bicho, da banca Caminho da Sorte, de propriedade do pai de Darwin.

Uma das portarias do Ministério da Fazenda prevê que as operadoras de Bets devem tomar medidas contra lavagem de dinheiro. Isso faz com que uma investigação de lavagem seja um problema no processo de autorização.

A secretaria de prêmios e apostas, do Ministério da Fazenda, está acompanhando o caso policial, que é considerado grave. Pelo sistema de aprovação das Bets, a empresa tem que declarar que o dinheiro operado é lícito, seja na movimentação, seja no pagamento da outorga. As regras são do Banco Central.

Nos casos em que há indícios problemáticos, a secretaria pode fazer averiguações complementares. É o caso da Esportes da Sorte.

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A questão é que a acusação de lavagem de dinheiro é, por enquanto, parte de um inquérito policial. Não há uma condenação ao dono da empresa ou uma denúncia feita em processo judicial. Portanto, vale a presunção de inocência.

A análise final sobre a homologação da Esportes da Sorte, portanto, depende do desenrolar da investigação. É certo afirmar que há um risco de a empresa não ter seu registro aprovado e, portanto, ser impedida de patrocinar clubes de futebol ou transmissões, por exemplo.

Reportagem

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