Rodrigo Mattos

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Em ano eleitoral, Flamengo muda roteiro ao demitir Tite antes de decisão

Às vésperas da final da Copa do Brasil, em 2023, o Flamengo decidiu manter o então desgastado Jorge Sampaoli como técnico. Perdeu para o São Paulo. O treinador caiu na sequência.

A dois dias da semifinal da Copa do Brasil, em 2024, o Flamengo optou pela demissão de Tite. Seu substituto será o interino Felipe Luis.

Nos dois casos, havia uma eliminação da Libertadores anterior e um título Brasileiro mais distante. No caso de Tite, o time está em quarto lugar a nove pontos do líder Botafogo. Já Sampaoli deixou a equipe na sétima posição a 11 pontos do mesmo Alvinegro.

Ambos sofriam protestos da torcida. Pesava ainda contra Sampaoli o episódio de agressão de um de metro da comissão técnica a Pedro, enquanto Tite tinha bom ambiente.

Durante o ano de 2023, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e se departamento de futebol tentaram ao máximo preservar a continuidade de Sampaoli até o final do ano. O discurso era de que a temporada seria avaliada na sua conclusão.

Havia a mesma política inicialmente em relação a Tite. O treinador foi demitido no dia 30 de setembro, um ano e dois dias exatamente após a queda de Sampaoli.

O ano de 2024 tem uma peculiaridade: a temporada desagua em uma eleição no clube em que há disputa acirrada entre oposição e situação. O candidato da situação Rodrigo Dunshee tem como principal aliado o atual presidente Landim, que será seu CEO se forem vencedores.

Diante do Athletico-PR, a torcida hostilizou Landim também juntamente com Tite. Ou seja, a pressão relacionada aos resultados do futebol já desgatava também o dirigente.

Além disso, há a eleição municipal em que o vice-presidente de Futebol, Marcos Braz, é candidato a vereador.

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