Rodrigo Mattos

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Fundo do São Paulo prevê R$ 240 mi para dívida e limite de gasto no futebol

A diretoria do São Paulo elaborou um plano para pagamento de dívidas bancárias nos próximos quatro anos. Esse projeto envolve um fundo para levantar R$ 240 milhões para trocar esses débitos por empréstimos em melhores condições. Em contrapartida, o clube terá de se comprometer a limitar gastos. O plano foi revelado pelo GE e confirmado pelo blog.

Trata-se de um Fidic, um tipo de fundo que utiliza direitos creditórios (dinheiro que o clube tem a receber). Foi elaborado pela financeira Galápagos, que tem atuado na área do futebol.

Curiosamente, é o mesmo tipo de mecanismo usado pelo ex-presidente do Palmeiras Paulo Nobre para emprestar dinheiro ao clube e reergue-lo quando havia uma situação de dificuldades.

E como funciona? O São Paulo tem uma dívida bancária no valor de R$ 226 milhões, segundo seu balanço de 2023. O dinheiro levantado pela Galápagos seria usado para quitar esses débitos com bancos diversos.

Então, o São Paulo passaria a ser devedor do fundo. O pagamento terá de ser feito em quatro anos, até o final de 2028. Haverá incidência de juros de CDI +5%.

Mas, para além das condições comuns de empréstimos, há regras de governanças para o São Paulo para ter acesso ao dinheiro. Entre elas, o São Paulo tem de gastar com o futebol 50% de sua receita ou até R$ 350 milhões.

O clube não poderá fazer empréstimos acima de R$ 10 milhões a cada semestre a não ser que tenha aprovação dos gestores do fundo. Não são permitidas cessões de outros direitos creditórios a terceiros. E, por fim, o clube precisa dar superávit (gastar menos do que arrecada) a partir de 2025.

Ou seja, o fundo estabelece uma gestão austera para o São Paulo até o pagamento das dívidas bancárias que sufocam o caixa do clube.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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